Irene Ravache fala sobre etarismo, crise na TV e os desafios da velhice
Aos 81 anos, atriz é a convidada do programa semanal da coluna GENTE, ao lado do empresário Marcus Montenegro
Aos 81 anos, Irene Ravache é um exemplo de vitalidade artística, sem exageros. Atua de forma contínua desde o início da década de 1960, o que lhe deu a alcunha de uma das grandes “damas do teatro nacional”, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Sua geração foi responsável por levar a excelência dos palcos às trelas, dando popularidade às novelas brasileiras. Ao lado de seu empresário e amigo, Marcus Montenegro, 56, Irene estreia o programa Ser Artista: Pensamentos, na TV Samsung e Youtube, onde pretende falar de tudo, sem filtros. É essa transparência que marca sua trajetória. Finalizando um novo longa com Fernanda Torres, a comédia dramática Os corretores, Irene é a convidada do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus e também na versão podcast no Spotify), junto com Marcus. A dupla fala sobre o combate ao etarismo na profissão artística, crise na TV aberta e os desafios trazidos pela idade. Assista.
O ÔNUS E O BÔNUS DO ENVELHECIMENTO. (IRENE) “Envelhecimento, a gente já sabe, né? Se você não envelhece, a saída é triste. E se falar que é a melhor idade, que é muito bom, para mim não é. Tenho dores que não tinha. Tenho limites que não tinha. Mas, é mais uma fase da minha vida. Tenho 81 anos. Então, em todas as minhas fases tiveram novidades. Não quer dizer que, porque você tem a dor ou um limite, que não tenha o que fazer, que não tenha o que apresentar nem produzir. Mas às vezes, para quem está à nossa volta, ficamos invisíveis. Quando um garçom te dá, por exemplo, um cardápio com qr code, não passa pela cabeça dele que seja mais difícil, que você não está habituado a isso. Os nossos serviços ainda não estão preparados para lidar com uma população que está envelhecendo. As nossas rampas, o lugar onde nós temos que apoiar…”
(MARCUS): “Hoje há um volume muito pequeno de atores de 50 anos na dramaturgia. Diversidade com etarismo não é diversidade. Da mesma maneira que os atores pretos deram uma reparação histórica e hoje têm uma taxa fixa de percentual de escalação bastante significativa e justa, o ator veterano também tem que ter. Porque o grande sucesso de uma obra sempre foi o encontro de gerações, o equilíbrio. Prova disso, vou fazer ano que vem um livro que vai comemorar os 75 anos da TV Brasileira, eu e Mauro Alencar, baseado em uma pesquisa minha. Mapeei os 350 personagens mais importantes da história da teledramaturgia e o impacto socioeconômico político na sociedade que cada um causou”.
Captação de imagens: Libário Nogueira / Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.
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