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Ítala Nandi: cena de orgia no cinema e como descobriu orgasmo com maconha

Primeira atriz a protagonizar nudez frontal nos palcos do país é a convidada da semana do programa da coluna GENTE

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2024, 11h36
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    Primeira atriz a protagonizar nudez frontal nos palcos do país, Itala Nandi é a convidada da semana do programa da coluna GENTE -  (Reprodução/VEJA)

    Em O Clube das Mulheres de Negócios, novo filme da diretora Anna Muylaert, Ítala Nandi surge em uma cena de despudor, numa orgia com oito atores. A atriz, de 82 anos, está acostumada a causar. Foi a primeira a protagonizar uma nudez frontal nos palcos brasileiros, em 1969, na peça Na selva das cidades, do Teatro Oficina, comandado por José Celso Martinez Corrêa. Lá protagonizou outros sucessos, além de ter que lidar com a pressão da ditadura militar, que entranhava o país atrás de detratores do regime. Seu novo trabalho segue circuito de festivais, acaba de ser exibido no 52º Festival de Gramado, e tem previsão de estreia nos cinemas para novembro. Por ora, Ítala prepara um livro a ser lançado com a neta. Em entrevista ao programa semanal da coluna GENTE no Youtube, no streaming VEJA+ e agora também disponível no Spotify, a atriz fala de feminismo, do breve namoro com Chico Buarque e de como descobriu o orgasmo somente após usar maconha. Assista.

     

    SEXO GRUPAL. “Quando a Anna me propôs fazer essa cena, eu disse: ‘veja bem, nunca fiz uma cena de suruba na vida’. Ela: ‘não tem importância, fará a primeira’. Então vamos lá. Foi com oito rapazes! A gente demorou três ou quatro horas. Quando finalizou, eu estava tão cansada, que os meninos da cena me carregaram no colo para sair do estúdio.

    SEX SYMBOL. “Eu era um símbolo sexual e não transava. Tive três casamentos e transava pouco. A coisa afetiva minha era espiritual. Vivi nove anos com Zé Celso (Martinez) no Teatro Oficina e nunca fomos para a cama, mas éramos muito fieis um com o outro. Me parece que a grande problemática do mundo atual é a perda do sentido do amor. Daí vêm as guerras, essa insensibilidade governamental com relação a todos os povos… Isso tudo é falta de amor”.

    FEMINISTA, NÃO. “Nunca pertenci a nenhum grupo feminista. Sou muito independente, não gosto desses movimentos. Não sou feminista, sou libertária, é diverso. Porque no meu sentido de liberdade, eu incluo os homens também, e quando se fala a palavra feminista é como se tirasse os homens da questão. Eu não tiro. Tenho um filho homem. Sou a favor da liberdade e da independência, esse é meu sentido de mundo”.

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    REPRIMIDA. “Sou heterossexual, nunca tive relacionamento com mulheres. Nunca fiz suruba. Sou sexualmente até muto reprimida, sou contida. Mas como no hinduísmo o que importa é a questão do amor, e eu estudo muito sobre o hinduísmo, entendi que a questão afetiva é importante”.

    ANOS DE CHUMBO. “A ditadura representou a perda de valores humanos brasileiros, a perda no sentido da ‘pindorama’ Brasil, a perda do nosso valor como um país, a perda da beleza que era sermos brasileiros independentes e, de repente, sofrermos o abismo da censura, prisões, horrores. Isso é muito grave. Acredito que o recente período bolsonarista aconteceu devido ao resquício daquilo. Aquela ditadura não desaparece fácil. Não é uma lei que acaba com aquilo. Ficou introjetada, como uma doença. Precisa de um tempo para curar. Essa doença ainda existe forte no país”.

    FUGINDO DA POLÍCIA. Não foi fácil. Foram tempos muitos graves e sérios. Só conseguimos superar aquilo, porque havia uma ligação como grupo, conseguimos revigorar de novo o teatro depois da censura. Quando a polícia chegou, me fingi de limpadora, uma faxineira, comecei a limpar perto dos camburões, na frente do Oficina. Estava com uma vassoura, fiquei controlando a entrada, fechei e tranquei a porta principal do teatro e saí pelos fundos. Estava com muito medo que o Zé Celso fosse preso”.

    OCTAGENÁRIA. “As mulheres com 60 anos estão prisioneiras dentro de casa, viraram vovós. Como se não existissem sexo na vida delas, é inacreditável. Estou solteira há muito tempo, mas não porque não tenha pretendentes, eu não quero. Estou direcionada a outras coisas. Mas sei de mulheres que gostariam. Anna me disse que a minha cena no filme tinha um sentido libertário para mulheres da minha faixa etária. ‘Ok, confio em você’, eu respondi. Fomos e fizemos a cena”.

    MACONHA NA CAMA. “Quem levou a maconha para o Oficina fui eu. Eu me lembro que o Zé Celso ficou assim: ‘oh, meu Deus’. Mas veja bem, como sempre, eu era muito rígida comigo mesma. Sempre tive problema com orgasmos, não tinha orgasmos. Só tive quando conheci o André Farias, pai do meu filho. Ele percebeu o quanto eu era intensa e tensa. Ele que me disse: ‘a maconha vai relaxar você’. E de fato aconteceu. Fumo raramente, às vezes, não sou apegada às coisas”.

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    MEDO DOS HOMENS. “Namorei Chico Buarque, a gente namorou sim, durante o período que ele fez a música da peça Os Inimigos. Foi super lindo, mas foi rápido. Não fui muito namoradeira. Me separei do Fernando Peixoto quando estava no Oficina, continuamos amigos a vida toda, até quando ele faleceu. Na verdade, tenho um pouco de medo dos homens. Eu sou muito seletiva”.

     

     

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