‘Jorge Amado nunca deixou de ser comunista’, diz filha
Paloma Amado é a convidada do programa semanal da coluna GENTE

Filha de Jorge Amado e Zélia Gattai, falecidos em 2001 e 2008, respectivamente, Paloma Amado, 74 anos, esta à frente da fundação que leva o nome do pai, no centro histórico de Salvador (BA). Em entrevista ao programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus e também na versão podcast no Spotify), a também escritora fala sobre a visão política de Jorge que, a seu ver, é deturpada hoje em dia.
“Esse grupo de extrema direita, que está querendo tomar conta do Brasil, usa de dizer isso do meu pai de uma forma a atrapalhar as pessoas. E quero então aproveitar essa oportunidade para dizer que meu pai nunca deixou o Partido Comunista. Meu pai era membro do Partido Comunista e, quando morreu, em 2001, continuou sendo do PCBão. A minha mãe nunca foi do Partido Comunista, mas trabalhou muito pelo partido, foi assim que ela conheceu o meu pai. O que aconteceu com o pai e que eles aproveitam para fazer essa intriga péssima? O meu pai, como membro do Partido Comunista, esteve no quinto congresso quando Khrushchev (Nikita Serguêievitch Khrushchov, soviético que liderou a União Soviética durante parte da Guerra Fria como Secretário-Geral do Partido Comunista, de 1953 a 1964; e como presidente do Conselho de Ministros, de 1958 a 1964) denunciou os crimes de Stálin. Ele voltou para o Brasil e, dentro do Partido Comunista, contou o que ouviu e foi muito contestado por isso”.
Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.