O complexo de messias de Kanye West foi elevado a uma nova potência neste ano. Apoiador de Donald Trump, o rapper anunciou no dia 4 de julho sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos. As eleições aconteceriam em novembro, dali a quatro meses. Mas ele perdeu prazos para se registrar na maior parte dos estados. Rumores (que o próprio alimentou) davam conta de que tudo seria uma estratégia para atrair os eleitores negros de Joe Biden, o candidato democrata, e assim dar uma força ao rival Trump. Cerca de 60 000 americanos ticaram o quadradinho com o nome de West. O mico eleitoral ampliou o climão dentro de casa. Kim Kardashian, esposa de West, teria pensado em divórcio nesses fatídicos meses de campanha. Depois, celebrou a vitória de Biden para seus 193 milhões de seguidores no Instagram, com direito a emojis de corações azuis — cor democrata. West não se abalou: jura que concorrerá de novo em 2024. Será que terá o voto de Kim?
Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719