Morreu nesta terça-feira, 15, a atriz Léa Garcia, aos 90 anos. A atriz estava na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, para receber uma homenagem durante a programação do festival de Gramado. A cerimônia ocorreria nesta noite. Junto com Laura Cardoso, 95, Léa receberia o Prêmio Oscarito, a maior honraria do festival. Uma grande festa com convidados estava sendo preparada para recepcionar as duas atrizes na famosa Rua Coberta, em frente ao Palácio onde ocorre o tradicional evento de cinema. Em uma nota nas redes sociais, a família assim resumiu: “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no Festival de Gramado da nossa amada Léa Garcia”.
Mais de 70 anos de sua vida foram dedicados à atuação no teatro, cinema e TV. Em vista da longa trajetória, somando mais de 100 produções, e papel fundamental na quebra de barreiras de personagens até então destinados a atrizes negras, Léa vinha recebendo nos últimos tempos inúmeras homenagens. A mais recente veio de Julio Claudio da Silva, autor do livro Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: A Trajetória e o Protagonismo de Léa Garcia, que destaca a importância da atriz ao cenário cultural brasileiro. Em conversa com a coluna, Léa falou recentemente desses sabores de se comemorar sua inspiradora história de vida. Foi sua última entrevista exclusiva a um veículo.
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Léa, apesar de certa dificuldade de locomoção, demonstrou simpatia nos últimos dias pela cidade, tirando fotos e recebendo comentários elogiosos sobre sua presença por lá para receber a homenagem. Em 1959, em Cannes, na França, foi indicada ao Prêmio de Melhor Interpretação Feminina, por Orfeu Negro, dirigido pelo francês Marcel Camus, e que recebeu a Palma de Ouro. Naquele ano, Léa foi preterida por Simone Signoret, que venceu como melhor atriz.
Participou ainda de O Clone, em 2002, novela de Glória Perez; A Lei e o Crime, em 2009, de Marcílio Moraes, para a Record; a série do Globoplay Assédio, em 2018, escrita por Maria Camargo, entre outras.