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Morre a atriz Léa Garcia, antes de homenagem no Festival de Gramado

Referência no país, ela lançou livro sobre trajetória artística recentemente

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 22h48 - Publicado em 15 ago 2023, 09h08
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  • Morreu nesta terça-feira, 15, a atriz Léa Garcia, aos 90 anos. A atriz estava na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, para receber uma homenagem durante a programação do festival de Gramado. A cerimônia ocorreria nesta noite. Junto com Laura Cardoso, 95, Léa receberia o Prêmio Oscarito, a maior honraria do festival. Uma grande festa com convidados estava sendo preparada para recepcionar as duas atrizes na famosa Rua Coberta, em frente ao Palácio onde ocorre o tradicional evento de cinema. Em uma nota nas redes sociais, a família assim resumiu: “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no Festival de Gramado da nossa amada Léa Garcia”.

    Mais de 70 anos de sua vida foram dedicados à atuação no teatro, cinema e TV. Em vista da longa trajetória, somando mais de 100 produções, e papel fundamental na quebra de barreiras de personagens até então destinados a atrizes negras, Léa vinha recebendo nos últimos tempos inúmeras homenagens. A mais recente veio de Julio Claudio da Silva, autor do livro Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: A Trajetória e o Protagonismo de Léa Garcia, que destaca a importância da atriz ao cenário cultural brasileiro. Em conversa com a coluna, Léa falou recentemente desses sabores de se comemorar sua inspiradora história de vida. Foi sua última entrevista exclusiva a um veículo.

    Leia também: Biógrafo relata impacto de Cacá Diegues ao ver Léa Garcia em cena

    Léa, apesar de certa dificuldade de locomoção, demonstrou simpatia nos últimos dias pela cidade, tirando fotos e recebendo comentários elogiosos sobre sua presença por lá para receber a homenagem. Em 1959, em Cannes, na França, foi indicada ao Prêmio de Melhor Interpretação Feminina, por Orfeu Negro, dirigido pelo francês Marcel Camus, e que recebeu a Palma de Ouro. Naquele ano, Léa foi preterida por Simone Signoret, que venceu como melhor atriz.

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    Participou ainda de O Clone, em 2002, novela de Glória Perez; A Lei e o Crime, em 2009, de Marcílio Moraes, para a Record; a série do Globoplay Assédio, em 2018, escrita por Maria Camargo, entre outras.

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