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Nova presidente da UNE: ‘As ocupações são instrumento legítimo de luta’

Bianca Borges, eleita com 82% dos votos, falou com a coluna GENTE

Por Mafê Firpo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jul 2025, 12h12 - Publicado em 22 jul 2025, 10h00

Bianca Borges, 25 anos, foi eleita neste domingo, 20, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) com 82,62% dos votos – substituindo Manuella Mirella, a primeira mulher negra e nordestina a ocupar o mais alto cargo da instituição fundada em 1937. Formada em direito na Universidade de São Paulo (USP) e estudante de Letras no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Bianca integra a chapa “Unidade e coragem para o Brasil”, uma coalizão inédita que reuniu diferentes setores da esquerda ligados aos partidos PCdoB, PT e PSOL – o feito marca uma aliança rara entre tais agremiações políticas. “Reunimos em torno dessas grandes lutas e bandeiras e conseguimos reunir um setor que entende que dentro do Congresso da UNE, nós somos vários movimentos e forças políticas, mas que para fora temos que ser um só”, diz Bianca à coluna GENTE.

A presidente tem como principais pautas a soberania nacional, em discussão devido à imposição de tarifas de Donald Trump no Brasil, colocar a educação como centralidade e lutar pelos direitos trabalhistas, como o fim da escala 6X1. “Conseguimos agrupar a maior parte das forças e dos estudantes em torno dessas pautas, devido à gravidade do momento político que passamos pela interferência estrangeira. Conseguimos reunir aqueles que estão mais preocupados com o futuro do Brasil”, diz.

Em seu discurso inflamado, Bianca defende o óbvio: que a universidade já se tornou um lugar para a diversidade – no entanto, entende que é preciso avançar ainda mais na democratização do Ensino Superior. “Uma de nossas bandeiras é o fim do vestibular para que a universidade tenha portas abertas para quem desejar ingressar no ensino superior. Ainda temos muito que avançar também na permanência de estudantes que ingressam – ainda há muita universidade sem bandejão, sem bolsa, sem moradia universitária, o que inviabiliza a permanência dos estudantes mais pobres”.

Apesar da esquerda mostrar força na sua coligação, Bianca vê uma crescente onda de ideias “neoliberais” que, a seu ver, alimentam o individualismo e tiram o foco da luta nas universidades. “Sabemos que, infelizmente, essa ideia de luta conjunta não é consenso na sociedade, mas nós lutamos para apresentar a política como caminho. Uma parte importante da missão dessa gestão é reencantar as pessoas com a universidade e mostrar que a educação é um meio de possibilidades para atingir dignidade para emancipação”, acrescenta.

Defendida pela nova presidente da instituição e às vezes utilizada como tática de pressionar por melhorias estudantis, sua maneira de fazer mudanças no ambiente universitário é a ocupação – forma de protesto em que alunos moram na universidade. “As ocupações são um instrumento legítimo da luta do movimento estudantil e nenhuma acontece sem que sejam construídos fóruns democráticos, toda vez que ocorre uma paralisação ou uma ocupação os estudantes chamam assembleias para que qualquer estudante que esteja matriculado vote a favor ou contra a greve”, defende ela, acrescentando que esta gestão que se inicia não tem nenhuma perspectiva dessa utilização

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A organização estudantil que desempenhou papel importante na história do país, participando de movimentos sociais e lutas por direitos, já teve em seu quadro figuras como a ex-presidente Dilma Rousseff; o poeta e diplomata Vinicius de Moraes; autor do hino da UNE; José Serra, ex-governador de São Paulo e ex-senador, que também presidiu a UNE; Lindbergh Farias, ex-senador do Rio de Janeiro, que liderou o movimento “caras-pintadas” contra o governo Collor, marco na história da UNE. 

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