O artista que criou técnica para camuflar cicatrizes de câncer de mama
Rodolpho Torres se tornou referência em tatuagem estética que devolve autoestima a mulheres

Rodolpho Torres desenvolveu um método próprio de tatuagem estética para camuflar cicatrizes, olheiras e marcas na pele. O que antes era apenas estética se tornou uma aliada para mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama, principalmente na construção da aréola, muitas vezes removida na mastectomia – dependendo do tipo de cirurgia e da extensão da remoção do tecido mamário.
Com 16 anos de experiência, sendo 11 dedicados exclusivamente à tatuagem estética, Rodolpho aplica método da Escola de Belas Artes, com desenho altamente realista do corpo humano para garantir a naturalidade e realismo dos procedimentos, utilizando pigmentos que se adaptam perfeitamente a cada tom da pele proporcionando um resultado extremamente natural e duradouro.
Com esse método, Rodolpho se tornou referência, tratando sua arte como um resgate emocional para aqueles que desejam apagar marcas relacionadas a traumas, inseguranças ou experiências indesejadas, sendo que sua maior demanda é de mulheres que venceram uma das doenças que mais atingem as brasileiras. Rodolpho lamenta que o Sistema Único de Saúde (SUS) não proporcione a todas as mulheres a oportunidade de reconstrução completa da mama pós-cirurgia, limitando-se a prótese mamaria. “Mais do que um procedimento estético, a camuflagem de cicatrizes se tornou uma ferramenta poderosa na reconstrução da autoestima feminina. A técnica se torna uma ferramenta simbólica para ajudar mulheres a se reconectarem com sua imagem e sua história de uma forma mais leve e confiante”, diz o artista.