‘O Dia em que raptaram o papa’ volta aos palcos após conclave
Peça ganha nova montagem dirigida por Cristina Bethencourt

Após reunião secreta dos cardeais no Vaticano que escolheu na quinta-feira, 8, Leão XIV como sucessor do papa Francisco, a comédia O Dia em que Raptaram o Papa retorna aos palcos cariocas em nova montagem. O espetáculo estreou na sexta-feira, 9, no Teatro Fashion Mall, em São Conrado, com sessões até 22 de junho. A direção é assinada por Cristina Bethencourt, filha do autor, o dramaturgo João Bethencourt, que propõe uma leitura contemporânea da peça, sem abrir mão de seu humor e crítica social.
Escrita em 1971 e encenada pela primeira vez em 1972, no Teatro Copacabana Palace, a peça ganhou reconhecimento nacional e internacional com seu enredo inusitado: um taxista judeu do Brooklyn sequestra o Papa durante uma visita a Nova York. Mas ao contrário do esperado, seu pedido de resgate não envolve dinheiro nem poder. Samuel Leibowitz, interpretado por Claudio Mendes, exige apenas um dia de paz mundial. Giuseppe Oristanio dá vida ao pontífice, em uma convivência forçada e improvável que abre espaço para reflexões sobre fé, convivência entre culturas e utopias possíveis. A peca já foi encenada em mais de 40 países — entre eles Suíça, Israel, França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, inclusive no teatro do Vaticano.