Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

VEJA Gente

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios
Continua após publicidade

O discreto mea culpa da Netflix sobre filme com Juliana Paes e Hassum

Criticada por piadas preconceituosas em 'Amor Sem Medida', plataforma reconhece que 'há um caminho a percorrer', mas se cala em relação a outras questões

Por Cleo Guimarães 6 dez 2021, 17h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Piada com deficiente físico tem graça? Ou melhor, ainda é tolerável? (Se é que algum dia foi?) A Netflix acha que sim, e no último dia 18 de novembro incluiu em seu catálogo “Amor Sem Medida”, longa em que uma pessoa com nanismo é utilizada para o humor com situações teoricamente cômicas, calcadas na diferença de estatura entre os protagonistas.

    ‘Foi um mal súbito’, diz Lilia Cabral sobre morte de Mila Moreira

    Eles são vividos por Juliana Paes e Leandro Hassum, que foi “diminuído” através de computação gráfica para interpretar uma pessoa com a deficiência. Trata-se de um claro caso de “crip face”, termo usado para denominar a prática de empregar atores sem deficiência para viver deficientes, tirando a oportunidade de atores assumirem seu lugar de fala, e assim trazer representatividade para o cinema. “Não dá para aceitar isso”, indignou-se nas redes a atriz Juliana Caldas.

    Anitta compra a briga de Tatá Werneck

    Ela tem nanismo e diz que não se sentiu representada em momento algum nos 94 minutos de duração do longa dirigido por Ale McHaddo – muito pelo contrário. “A pessoa que faz o personagem com nanismo não tem nanismo e a maior parte do filme tem piadas capacitistas e preconceituosas”, disse.

    Continua após a publicidade

    Malu Mader e as agressões físicas e psicológicas no meio artístico

    Diretor, roteirista e jornalista, Pedro Henrique França engrossou o coro e fez duras críticas a Amor Sem Medida. “É horroroso”, analisa o profissional, também portador de nanismo. “Fico me perguntando se existe um comitê de inclusão e diversidade na Netflix. Se existe, com certeza não há ninguém com deficiência. Um deficiente teria, no mínimo, emitido um alerta sobre os riscos de realizar uma produção como essa em 2021”.

    Procurada por VEJA, a Netflix disse reconhecer que ainda tem “um caminho a percorrer” e reiterou o compromisso “em fazer com que mais pessoas se identifiquem e se sintam representadas” com suas histórias. “A comédia tem também o papel de levantar reflexões importantes”, afirmou a empresa, que esquivou-se das perguntas sobre o ‘crip face’ e também não respondeu sobre a existência – ou não – de um comitê de inclusão e diversidade.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.