O drama após vitória da mais jovem atriz a ganhar um Oscar
Artista viveu tragédia pessoal de prêmio

Em 1974, Tatum O’Neal, de apenas 10 anos, entrou para a história ao ser a atriz mais jovem a ganhar um Oscar. No entanto, o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pela atuação em Lua de Papel (1973), que deveria ser um marco para a carreira, acabou se tornando o início de um drama pessoal. No filme, que conta a história de um vigarista que cruza o caminho de uma menina, Tatum atua com o pai, Ryan O’Neal, uma relação que emocionou o público nos cinemas. Já na vida real, a história foi bem diferente.
Em sua biografia, lançada em 2001, a atriz conta que o pai, viciado em drogas, a agrediu com ciúmes pela sua indicação e não a dele, acusando-a de ter “tomado conta do filme” e se aproveitado dele. Por outro lado, após a vitória no Oscar, Ryan mudou de atitude, se mostrando orgulhoso pelo feito da filha. “O sentimento que mais associo à vitória do Oscar é uma tristeza avassaladora por ter sido abandonada pelos meus pais – ambos, pois minha mãe permaneceu em silêncio – mais uma vez”, escreveu a artista, que descreve a mãe, Joanna Moore, como alcoólatra e dependente química.
A atriz continuou a atuar, mas em filmes sem grande expressão. A ausência dos pais e os abusos psicológicos e sexuais sofridos ao longo da vida, acabou se envolvendo com drogas, como heroína. Em 2020, teve um AVC e passou um mês em coma. Nos anos 1980, ela se casou e teve três filhos. Já a relação com o pai nunca foi restaurada, e ele morreu em 2023 por insuficiência cardíaca.
