Rebeca Andrade fez história mais uma vez e conquistou cinco medalhas: três de prata (equipes, individual geral e individual no solo), uma de ouro (individual no salto) e uma de bronze (individual na trave). Mais do que isso, ganhou a reverência de Simone Biles, que durante a premiação das medalhas do solo, fez um gesto como se estivesse passando uma coroa para a brasileira.
Apesar da ginástica artística não ser um esporte popular, era natural que a atleta brasileira capitalizasse esse sucesso no campo dos negócios: em 48 horas, ela conquistou quase meio milhão de novos seguidores no Instagram, de acordo com o portal Social Blade, serviço de rastreamento de estatísticas e análise de mídias sociais. Ela soma 2,6 milhões de fãs no total.
“Este período pré-olímpico é estratégico para as marcas enxergarem atletas que possuem sinergia com sua comunicação, o mercado automaticamente está aquecido. Aqui na Heatmap desenhamos algumas ativações para os irmãos atletas de vôlei Alan e Darlan, objetivando não apenas o período das Olimpíadas, mas também os anos posteriores”, alerta Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo. “É necessário fazer com que elas sigam em evidência todos as semanas através de conteúdo, PR, Cross com outras modalidades, atraindo parceiros comerciais para contratos de longo prazo, já pensando no ciclo olímpico de 2028 e não somente 2024″, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM. “A proximidade das Olimpíadas fatalmente atrai diversas marcas, ainda mais quando são atletas vencedoras em suas modalidades. A Ginástica Brasileira é competitiva, as duas são muito carismáticas, têm camadas digitais relevantes e Paris 2024 é logo ali”, corrobora Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal. “A proximidade dos Jogos Olímpicos amplia ainda mais o leque de oportunidades e traz um canhão de visibilidade. Contudo, é importante a construção de uma parceria perene entre marca e atleta patrocinado, com um plano estratégico bem definido”, conclui Danielle Vilhena, head de marcas da Agência End to End.