O game que resgata polêmico samurai negro – agora alvo de racismo
Yasuke é uma figura histórica real do século 16; entenda

Desde o lançamento de Assassin’s Creed Shadows, há quase um mês, o game já vendeu mais de 2 milhões de cópias, se consolidando como um dos maiores trunfos da Ubisoft. Ambientado no Japão feudal, o novo capítulo da franquia apresenta dois protagonistas jogáveis: Naoe, uma ninja japonesa, e Yasuke, samurai negro inspirado em uma figura histórica real do século 16. A escolha de Yasuke, porém, encheu as redes sociais de comentários racistas e gerou tentativas de boicote de parte da comunidade gamer. No RPG de ação, os personagens possuem estilos de jogo e habilidades diferentes, além de opções de romance exclusivas para cada um deles e missões próprias. Yasuke é baseado em um samurai de origem africana que serviu ao senhor da guerra japonês Oda Nobunaga. O protagonista possui um arsenal focado em combate de força bruta e impacto, com armas como katana, naginata, arco, teppo e kanabo.
“No caso de Yasuke, quando lemos sobre quem ele era, percebemos que se tratava de um personagem muito intrigante sobre o qual não se sabia muito – ‘Ah, isso seria legal, porque não sabemos o que aconteceu com ele’. E, no caso de Naoe, era o pai dela. O pai de Naoe é um personagem histórico. Então, ela é filha fictícia de um personagem histórico. E também não se sabe muito sobre os ninjas ou os shinobis de Iga. Na narrativa, eles são muito complementares, mas contam a história de dois lados diferentes. O que queríamos era que você descobrisse o Japão, se não conhece muito, por meio de alguém que vem das terras agrícolas ou de alguém que realmente vive na zona rural do Japão. E Yasuke é um estrangeiro, mas é da nobreza”, explicou o diretor criativo Jonathan Dumont em entrevista ao Screen Rant.