O processo de preparação para viver o papel de uma mãe que tem a filha baleada durante uma tentativa de assalto, no filme Tempos de Barbárie — Ato I: Terapia da Vingança, foi bem mais intenso do que Cláudia Abreu, 52 anos, imaginava. A atriz teve de se acostumar com a ideia de gravar diversas cenas manuseando uma pistola. “É sempre muito desconfortável ter uma arma na mão, eu não curto. Fiquei nervosa várias vezes”, reconhece a atriz que ainda guarda certa aflição com a morte da diretora de fotografia de Hollywood Halyna Hutchins, atingida por um tiro acidental, disparado pelo colega Alec Baldwin, durante as filmagens de Rust. Para que tudo saísse bem, ela recebeu treinamento em um clube de tiro, ambiente que costuma ser frequentado por pessoas que defendem o armamento da população, o que também foi motivo de saias justas: “A solução para a violência é a diminuição da desigualdade”, defende Cláudia, que frisa ter contracenado só com armas descarregadas.
Publicado em VEJA de 1º de setembro de 2023, edição nº 2857