Produtor musical, compositor e cantor, Zé Ricardo, 53 anos, tem a espinhosa missão de montar a grade de atrações do festival e, de quebra, lidar com a ira de quem fica de fora. No papel de vice-presidente artístico, foi ele que bateu o martelo sobre a decisão de chamar Chitãozinho & Xororó para a edição de setembro, no Rio. Os puristas de plantão estrilaram ao saber que o sertanejo invadiria a área do rock. “É um gênero que não dá mais para ignorar e estamos abertos a ele”, justificou Zé Ricardo, um mestre das saias justas e dos improvisos. Em 2022, por exemplo, teve de achar solução rápida para cobrir a lacuna deixada em cima do laço por Fernanda Abreu, protagonista de um dos palcos, que ficou subitamente sem voz. “Tive que botar os outros artistas para cantar mais do que o previsto”, lembra. Nada disso o abala. “Sou zen”, garante.
Publicado em VEJA de 28 de junho de 2024, edição nº 2899