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Os cinco desfiles mais politizados da história da Sapucaí

A coluna selecionou momentos que renderam forte crítica social em pleno Carnaval; relembre

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 fev 2023, 11h00
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  • “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” (1989), da Beija-Flor – O mais icônico desfile de Joãosinho Trinta. A maioria dos componentes desfilando com farrapos e lixo, além da memorável escultura do Cristo Redentor, censurada pela igreja, coberta de saco preto. A Sapucaí nunca mais voltou a presenciar algo tão forte sobre as nossas desigualdades sociais. Apesar do vice-campeonato, o desfile foi eternizado.

    “O povo conta sua história: saco vazio não para em pé – a mão que faz a guerra faz a paz” (2003), da Beija-Flor – Outro desfile da escola de Nilópolis. O primeiro carnaval da primeira gestão de Lula (PT) contou com um boneco gigante do presidente então recém-eleito com a bandeira do programa Fome Zero. A escola saiu campeã.

    “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu” (2018), da Beija-Flor – A escola foi campeã fazendo crítica social com alusão ao personagem Frankenstein. Beija-Flor questiona quem são os verdadeiros monstros, ao trazer à Avenida políticos como vampiros sanguessugas do povo brasileiro. Os abandonados são os retirantes nordestinos, pedintes, crianças em situação de pobreza, artistas populares. Mais uma vez, saiu campeã.

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    Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” (2018), da Paraíso do Tuiuti – O inédito vice-campeonato da escola foi em cima de imagens emblemáticas, como a crítica à reforma trabalhista aprovada pelo então presidente Michel Temer, representado como um vampiro no alto de uma alegoria.

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    “Histórias para ninar gente grande” (2019), da Estação Primeira de Mangueira – Uma imensa bandeira de Marielle Franco (PSOL), assassinada um ano antes, deu a tônica do desfile, com um samba que resgatou diversas personalidades invisibilizadas pela história “oficial”.

     

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