Pró-reitora da UFF explica cota inédita para trans
Universidade terá 2% de vagas reservadas em cursos de graduação
A Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, tornou-se o primeiro instituto federal de ensino superior do estado do Rio de Janeiro a ter cotas para pessoas trans em cursos de graduação e pós-graduação. A decisão foi aprovada durante uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) da universidade, realizada na última quinta-feira, 19.
“A UFF fez história. Foi um processo de escuta ativa. Os coletivos de estudantes trans da universidade se movimentam para defender as suas pautas e levam essa proposição para a gestão. A minuta foi construída conjuntamente, e isso traz uma força para esse processo”, explica a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto. A estimativa da universidade é de que cerca de 360 pessoas possam ser contempladas com a política.
Com a decisão, a partir de 2025 serão reservados 2% das vagas de cursos de graduação para pessoas trans, a partir de 2025. De acordo com a instituição, a expectativa é que a medida amplie o acesso ao ensino superior e “favoreça um ambiente acadêmico cada vez mais democrático, diverso e plural”.
Segundo a pró-reitora, a UFF manterá contato próximo aos cotistas para oferecer acolhimento, evitando preconceito e discriminação. “Não é só o ingresso. A gente precisa criar agora os protocolos de permanência”, completou.