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Público em Barretos exalta Bolsonaro com melodia de funk proibidão

O evento vem sendo usado por apoiadores do presidente para contrapor apresentações de artistas a favor de Lula

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2022, 08h00
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  • Bolsonaro (PL) é aguardado na próxima sexta-feira, 26, no maior rodeio da América Latina, que acontece até domingo, 28, no Parque do Peão, interior de São Paulo. O evento vem sendo usado nas redes sociais por seus apoiadores para fazer frente a Lula (PT), que conta com uma enxurrada de apresentações de artistas pelo país. Eduardo Bolsonaro (PL) chega a desafiar o ex-presidente a comparecer no festival (veja vídeo abaixo).

    É com flashes de celulares ao alto que o público lotou a arena de Barretos neste final de semana ao som de Baile de Favela, que tem sido apropriado pelos bolsonaristas como “hit extraoficial” da campanha de Bolsonaro. A letra de MC João e produção de Kondzilla é tocada nos intervalos das apresentações e alguns apoiadores instigam o público a gritar o nome do presidente.

    Diz a letra na versão proibida para menores: “Ela veio quente, hoje eu tô fervendo/ Ela veio quente, hoje eu tô fervendo/ Quer desafiar, não to entendendo/ Mexeu com o R7, vai voltar com a x* ardendo”. Há uma versão mais light, em que o último verso é trocado por “Mexeu com Mc João, vai ter que mostrar o seu talento”. A música foi a escolhida para a apresentação no solo da ginasta Rebeca Andrade na Olimpíada de Tóquio, no ano passado. Na ocasião, o hit deu sorte, já que a atleta conquistou a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica feminina. Para evitar problemas com juizado de menores, a música agora entoada no palco de Barretos não tem letra, apenas melodia.

    Uma paródia da letra foi criada em 2018, quando Bolsonaro ainda era candidato a presidente pelo PSL. MC Reaça foi o responsável pela homenagem. Além de exaltá-lo, a letra ataca opositoras da esquerda: “Maria do Rosário não sabe lavar panela/ Jandira Feghali nunca morou na favela/ Luciana Genro apoia os sem-terra/ Mas não dá o endereço pra invadirem a casa dela”. MC Reaça, de nome Tales Volpi Fernandes, cometeu suicídio em 2019, quando era investigado por ter espancado a namorada.

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