Tudo é novidade na carreira que a bicampeã olímpica Sheilla Castro, 37 anos, está empreendendo nos Estados Unidos, a começar pela Athletes Unlimited, liga profissional de vôlei de quadra em que não há equipes fixas, técnicos nem cidades-sede. Funciona assim: a cada semana, 44 jogadoras escolhem suas companheiras e formam seus times. Como no velho par ou ímpar da escola, as mais fraquinhas ficam por último. “Nem todo mundo tem maturidade para isso. Algumas ficam bem chateadas e já começou a rolar um stress”, revela Sheilla. As atletas dividem os lucros da liga e são pontuadas tanto com a vitória das equipes como individualmente. Ao final, a campeã é a jogadora que mais acumular pontos. Levando vida nômade, totalmente confinada em hotéis (o mais recente foi em Dallas), Sheilla e as demais atletas só saem para jogar. Até poucos dias atrás, máscaras eram obrigatórias mesmo durante as partidas. “O negócio aqui é sério”, diz ela.
Publicado em VEJA de 7 de abril de 2021, edição nº 2732