Sonho megalomaníaco: Donald Trump quer seu rosto no Monte Rushmore
Presidente dos Estados Unidos demonstra vontade desde o primeiro mandato

Conhecido por sua vaidade, Donald Trump nunca escondeu o “sonho” de se juntar aos bustos de George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Theodore Roosevelt no Monte Rushmore, marco cultural dos Estados Unidos esculpido pelo pintor e escultor Gutzon Borglum entre 1927 e 1941. A vontade já havia sido demonstrada pelo presidente norte-americano em seu primeiro mandato. Na época, chegou a ganhar uma maquete do Monte com seu rosto de Kristi Noem, então representante dos EUA pela Dakota do Sul e atual secretária de Segurança Interna do republicano. Com a volta do político ao poder, em janeiro, uma congressista da Flórida apresentou um projeto de lei ao Comitê de Recursos Naturais da Câmara para “ordenar ao secretário do Interior que providencie a escultura da figura do presidente Donald J. Trump no Memorial Nacional do Monte Rushmore”. As informações são do The New York Times.
Segundo o veículo, o secretário do Interior Doug Burgum afirmou, durante uma entrevista com Lara Trump, nora do presidente, em março, que “eles definitivamente têm espaço” para o rosto de Trump. Já o Serviço Nacional de Parques, que supervisiona o Memorial, citou motivos filosófico e geológico pelos quais não podem ser adicionados novos bustos no local. Primeiro porque o monte já é uma obra de arte completa e segundo, não há espaço. “A parte esculpida do Monte Rushmore foi cuidadosamente avaliada e não há locais viáveis disponíveis para novas esculturas”, informou o serviço. Há mais de três décadas, o SPN estuda a estabilidade estrutural do monumento em parceria com uma empresa de engenharia mecânica de rochas. “Acredita-se que se trabalhos adicionais forem realizados, é possível que a exposição de novas superfícies resulte na criação de potenciais instabilidades nos entalhes existentes”, informou Maureen McGee Balinger, chefe de Interpretação e Educação do memorial, em entrevista concedida ao jornal Argus Leader, em 2020. Porém, com uma tendência de ignorar certas tradições, não seria surpreendente se Trump realizasse tal sonho.