A atriz e empresária Cristiana Oliveira, 56 anos, relembra sua eterna Juma Marruá, de Pantanal (1990) — e afirma que aceitaria um papel no remake da novela que a Globo programa para 2021.
O que achou do anúncio de um remake de Pantanal? Chocante, não é? Incrível o poder que uma novela tem, mesmo depois de trinta anos. As pessoas ainda me param na rua e falam: “Você não é a Juma?”. Eu brinco que sou uma Juma aposentada. Foi um frenesi na época: as pessoas se aglomeravam em aeroportos e fechavam ruas para poder ver a gente.
Aposta em alguma atriz para interpretar a nova Juma Marruá? Desde a notícia do remake, garotas de todas as idades me mandam mensagens com currículos anexos, implorando para eu levar o nome delas aos diretores. Sinto dó, porque não tenho nada a ver com a escolha do elenco. Não desmerecendo o talento das atrizes que vi sendo cotadas, achei todas um pouco velhas. Juma é uma jovem ingênua e genuína em sua essência. Se acharem uma garota do próprio Pantanal, que nunca apareceu na televisão, seria fantástico.
Se a chamassem para um papel no remake, aceitaria? Aceito na hora. Acredito que os diretores têm suas escolhas, e não ficaria triste se não me chamassem. Assistiria à novela e me emocionaria do mesmo jeito, e me sentiria lisonjeada. Mas eu gostaria muito de fazer a personagem Filó, que era da Tânia Alves.
Publicado em VEJA de 16 de setembro de 2020, edição nº 2704