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Bonerama e o verdadeiro metal pesado

O sexteto liderado por três trombonistas faz uma turnê brasileira onde apresenta um álbum com releituras dançantes para o repertório do Led Zeppelin

Por Sérgio Martins Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 ago 2019, 14h33 - Publicado em 30 ago 2019, 13h03

 

Helter Skelter, o proto-metal dos Beatles com trombones no lugar das guitarras? War Pigs, do macabro Black Sabbath, com um sabor de tema do Mardi Grass de Nova Orleans? E o que dizer de Crosstown Traffic, de Jimi Hendrix, com acento mais funky do que sua versão original? Essas e muitas outras ousadias são a especialidade do Bonerama, grupo que inicia hoje sua mini-turnê pelo Brasil. Eles se apresentam à noite no Bourbon Street (rua dos Chanés, 127, São Paulo), e retornam à capital no domingo às 15h no Parque do Ibirapuera. Entre um show e outro dão um rasante sábado na praça do Rádio Amador, em Niterói, a partir das 21h30 (mas vale chegar às 17h30 para conferir Paulinho Guitarra). As apresentações do Ibirapuera e de Niterói são gratuitas. Os shows serão baseados no disco em que eles tocam Led Zeppelin.

 

 

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O Bonerama surgiu pelos braços, bocas e pulmões de Mark Mullins e Craig Klein, que faziam parte do naipe de metais da banda do cantor Harry Connick Jr. A formação atual, além de Mullins e Klein, no trombone e nos vocais, inclui o também trombonista e vocalista Greg Hicks, o guitarrista Bert Cotton, o baixista Matt Perrine e o baterista Walter Lundy. Mullins diz que a simbiose entre o trombone e o rock é mais comum que se possa imaginar. “O trombone tem um alcance extraordinário e com ele conseguimos fazer aquela ‘estendida’ das guitarras”, explica. Embora tenha a presença de um guitarrista (e que guitarrista), no Bonerama são os instrumentos de sopro que se encarregam dos riffs e andamentos principais de cada releitura de clássicos do rock – e olha que o material autoral deles também é muito bom.

Nova Orleans é um dos berços do jazz e do rock americanos e continua em constante evolução. Principalmente na categoria de bandas de sopro. A cidade conta com grupos como Galactic, que desde 1994 faz uma interessante mistura de rock e funk; a Hot 8 Brass Band, que adiciona elementos do hip hop e funk aos metais, o cantor, trombonista e saxofonista Trombone Shorty, que tem um acento mais pop, e o Bonerama. “Existe em Nova Orleans um respeito por essa linhagem, mas ao mesmo tempo uma vontade de levar nosso som adiante”, teoriza Mullins.

O sexteto está lançando Bonerama Plays Zeppelin, com suas prediletas do quarteto inglês. Mullins diz que o álbum nasceu de um pedido especial dos fãs do Bonerama. “O Led Zeppelin fazia parte do repertório de nossas apresentações, e muita gente pedia para que criássemos um material só com a música deles”, diz. Deu certo: Bonerama Plays Zeppelin foi um dos discos mais vendidos durante o New Orleans Jazz & Heritage, principal evento musical da cidade, que acontece entre os meses de abril e maio. Uma das explicações do sucesso é que a nascente do Led Zeppelin está no blues e no rhythm’n’blues, o que favorece a transposição para o universo do Bonerama. Canções como o rock Black Dog e o funk The Crunge parecem feitas sob encomenda; por outro lado, Hey Hey What Can I Do e Four Sticks (que tem um acento oriental) receberam uma adaptação made in Nova Orleans. Mullins prepara outras ousadias para as apresentações no Brasil. Por exemplo, The Rover, um lado B e tanto da discografia do quarteto inglês. “Physical Graffitti é um dos meus discos favoritos”, encerra o trombonista.

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https://www.youtube.com/watch?v=FxZIV1eHHAI

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