‘Amores à Parte’ expõe as delícias — e as dores — do casamento aberto

Quando casais descobriram o swing nos anos 1960, os votos matrimoniais se desprenderam da monogamia e ganharam sensualidade e humor, como expôs a clássica comédia Bob, Carol, Ted e Alice (1969). Décadas depois, os roteiristas Michael Angelo Covino e Kyle Marvin — também na pele dos protagonistas masculinos — partem do mesmo princípio com outro tabu: as relações abertas. Em Amores à Parte, desolado após saber que sua esposa o trai, o professor Carey (Marvin) busca consolo nos amigos Paul (Covino) e Julie (Dakota Johnson) e se surpreende ao saber que o par pode ficar com outras pessoas. Após se deitar com a mulher do amigo, porém, a maturidade emocional do outro some e o caos se instaura. Daí em diante, elenco e jogos de câmera ágeis sustentam essa comédia romântica afiada — e despudorada. O filme já está em cartaz nos cinemas. 

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