“Nós éramos uns quinze primos feios, quinze loucos”, diz, com sua inesgotável ironia, o pernambucano Antônio Maria (1921-1964). O trecho, tirado de um dos quase duzentos textos desta coletânea, conduz a uma visita ao passado de sua família rica, que perdeu tudo com a falência dos engenhos. Parte da era de ouro da crônica nacional, ao lado de nomes como Rubem Braga e Sérgio Porto, Maria retratou como poucos a noite carioca, os dilemas do amor e da família e as agruras de ser um nordestino longe do lar.