O manuscrito de Harry Potter foi recusado por muitas editoras até a autora, J.K. Rowling, encontrar alguma alma corajosa o suficiente para apostar na história do menino magricela que descobre ser um poderoso bruxo. Vinte anos, milhões de livros vendidos e uma fortuna em bilheteria depois, o texto original é uma das muitas atrações da exposição virtual Harry Potter: Uma História da Magia, que ficou em cartaz na British Library, em Londres, e chega agora ao Brasil pela plataforma digital Google Arts & Culture. A mostra pode ser acessada a partir deste link.
A exposição guia os visitantes desde a concepção da saga pela escritora até a adaptação para o cinema. Os objetos estão divididos em salas (na internet, sessões) de acordo com as disciplinas ensinadas em Hogwarts: Poções, Adivinhação, Defesa Contras as Artes das Trevas, Herbologia, Astronomia, Feitiços e Trato das Criaturas Mágicas.
Os visitantes também têm acesso a rascunhos da história e esboços das locações e dos personagens, assinados pela autora e pelo ilustrador Jim Kay (que assina os livros ilustrados da saga). Em um deles, por exemplo, o público conhece personagens que nunca chegaram a sair do papel, como Erin Pettirew, que assumiria o posto de professora de Adivinhação dado, no futuro, a Sibila Trelawney. Há, ainda, um esboço rudimentar dos terrenos da escola de bruxaria, imaginado por Rowling.
A mostra também mescla aos elementos do universo de Harry Potter memórias da magia e mitologia do mundo real, como os escritos de Ripley Scroll. No século XVI, o alquimista acreditou ter descoberto como criar a Pedra Filosofal — capaz de transformar qualquer metal em ouro puro e produzir o elixir da vida, almejado por Lorde Voldemort no primeiro livro da saga. Livros sobre a arte de ler o futuro em borras de chá e sobre a lendária ave fênix também podem ser consultados.