(Disponível na Netflix) O consultor Marty Byrde (Jason Bateman) e sua esposa, Wendy (Laura Linney), voltam para casa após um longo dia de trabalho. Enquanto ele lida com sócios difíceis — produtores de heroína —, ela tenta corromper políticos para garantir a abertura de um cassino que turbinará os negócios do clã. Mesmo sob pressão extrema, os dois têm cabeça para mandar o filho mais novo desligar o computador e ir para a cama, além de questionar os modos furtivos da mais velha ao entrar em casa. “Está chapada?”, pergunta o zeloso Marty. Em sua segunda temporada, Ozark confirma-se como herdeira respeitável — e cheia de luz própria — da cultuada Breaking Bad, ao explorar a condição peculiar de um herói que busca manter sua vida de executivo “família” tendo como ocupação a lavagem de dinheiro para criminosos em um rincão do Meio-Oeste americano. Da irascível fazendeira Darlene (Lisa Emery) à delinquente juvenil Ruth (Julia Garner), a série é um oásis de grandes tipos e atuações. Mas o dono do show é Bateman, na pele do almofadinha que chega ao lugarejo pacato achando-se um golpista espertíssimo, porém vira refém do crime ao provocar, de forma atrapalhada, uma guerra entre mafiosos locais e um cartel mexicano. Sombria e violentíssima, Ozark prova que a moral torta pode ser pura poesia.
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