O pai (Emile Hirsch) ensina obsessivamente a filha pequena a reproduzir todas as filigranas do comportamento das crianças normais: confere respostas, testa reações, desafia-a com situações imprevistas. Chloe (a ótima Lexy Kolker) está cansada desse jogo, mas persiste nele porque o prêmio será ter uma nova mãe, em substituição à mulher de que ela nem se lembra, e viver em algum lugar melhor do que a casa esquálida e permanentemente fechada onde o pai a mantém presa. Um velho sorveteiro (Bruce Dern), entretanto, ganha acesso a Chloe e a atiça com ideias sobre sua verdadeira mãe e os poderes que ela teria herdado. Trabalhando em uma atmosfera de paranoia que progride com excelente controle para um registro fantástico, a jovem dupla de diretores, Zach Lipovsky e Adam B. Stein, comprova que não é preciso um grande orçamento — só de boas ideias, bem desenvolvidas — para fazer um filme inovador no gênero do temor aos mutantes. Disponível no NOW e outras plataformas.