A performance de Jair Bolsonaro (PL) no debate na TV Bandeirantes foi marcada por falas agressivas e polêmicas em torno do respeito às mulheres. Em certo momento, o presidente atacou a jornalista Vera Magalhães, que o fez uma pergunta sobre a cobertura vacinal no Brasil. “Acho que você dorme pensando em mim. Deve ter alguma paixão por mim”, respondeu, sem escrúpulos, ao vivo.
Quando a candidata Simone Tebet (MDB) perguntou sobre o histórico de comportamentos misóginos — que demonstram ódio ou aversão às mulheres — do presidente, ele tentou se defender enumerando políticas públicas que sancionou contra as violências e disparidades de gênero. Mas não deixou de minimizar a importância de discutir os direitos femininos. “Chega de vitimismo, somos todos iguais”, retrucou.
Em outra hora do embate, Bolsonaro comenta sobre o ajuste no valor do Auxílio Brasil. “Nós passamos para, no mínimo, R$ 600, e aquela mãe que tem filho e está sem marido, ela pode passar para R$ 1.200”, disse ele, fazendo referência àquelas que foram abandonadas pelos companheiros.
Nas redes, a expressão usada por Bolsonaro não soou nada bem e foi considerada machista. Manuela d’Ávila fez um texto em seu perfil do Instagram sobre o termo. “Maternidade não é estado Civil. É sobre responsabilidade. Paternidade não deveria ser sobre estado civil. A gente usa mãe solo mas poderia usar: mulheres que assumem sozinhas o compromisso de criar crianças e adolescentes que são negligenciados por pais. A gente usa mãe solo mas poderia dizer: mulheres que dão conta da responsabilidade de um homem que está por aí. Ele é mesmo um nojo”, pontuou.