Está acontecendo nesta terça-feira, 30, o último dia do Conae 2024, na Universidade de Brasília (UnB). A plenária final da conferência vai aprovar o novo texto do Plano Nacional de Educação 2024-2034. Mas pelo visto não será possível agradar todos os presentes. Quando o Ministro da Educação Camilo Santana, à frente da organização do Conae, subiu ao palco, a plateia puxou, em uníssono, o grito de “Fora, Lemann”. Isso porque a maior parte do público do fórum é alinhada à esquerda e tem estado desconfiada com os rumos do sistema educacional ligado à Fundação Lemann, instituição comandada pelo empresário suíço-brasileiro João Paulo Lemann, que também é o todo-poderoso de empresas como Ambev, Burger King e Lojas Americanas.
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No fim de 2021, foi inaugurado o Centro Lemann de Liderança para Equidade na Educação em Sobral, no Ceará, um dos municípios que mais se destaca no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, por consequência, a cidade recebe repasses do orçamento governamental. Para a esquerda, apesar do modelo de Lemann ter se tornado sistema de referência no país, ele ainda prioriza métricas industriais e pouco humanizadas, símbolo do neoliberalismo.