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Guerra nas redes associa Bolsonaro a canibalismo

Opositores viralizam vídeo em que o presidente e candidato à reeleição comenta sobre ritual indígena

Por Gustavo Silva Atualizado em 5 out 2022, 17h20 - Publicado em 5 out 2022, 16h30

Com os candidatos à presidência em franca campanha para o segundo turno, os embates virtuais se mostram cada vez mais acirrados. Um vídeo do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), de 2016, vem chamando a atenção nas redes sociais e sendo usado de munição pelos apoiadores de seu adversário nas urnas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um trecho de uma entrevista ao jornal americano New York Times, que consta no canal oficial do YouTube de Bolsonaro, o então deputado federal revela que já quis experimentar carne humana. Foi a centelha necessária para disparar vários comentários sobre o “canibalismo” do presidente.

No vídeo, que viralizou nos últimos dias, o candidato à reeleição discorre sobre uma cerimônia que presenciou entre indígenas brasileiros, no qual eles preparavam um ritual antropófagico. “Quase comi um índio em Surucucu (Roraima) uma vez. Ninguém quis ir comigo. Mas eu comeria o índio sem problema nenhum! É a cultura deles e eu me submeti àquilo”, declara Bolsonaro durante a entrevista.

Esse episódio de seis anos atrás não é o único que vem sendo usado nas redes sociais por seus opositores. Nos últimos dias, a campanha do presidente precisou lidar com a polêmica em torno de uma gravação em que Bolsonaro aparecia em um encontro maçom, gerando controvérsia entre os apoiadores cristãos. Nesta quarta-feira, 5, uma outra postagem vem causando discussões acirradas no meio digital. Está circulando no ambiente digital uma entrevista do mandatário, de 2000, na qual ele revelou um pedido à mulher (Ana Cristina Valle) para que abortasse o bebê que esperava, no caso Renan Jair Bolsonaro, quarto filho do político. A declaração contrasta com a posição propagada hoje pelo candidato, que condena o aborto.

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