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Viver com Ousadia

Por Luana Marques Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A ansiedade pode se tornar sua maior força. A psicóloga Luana Marques, professora de Harvard, ensina como transformar o medo em ação e treinar a mente para vencer as incertezas pelo caminho.

Você pode viver com medo ou com arrependimentos. Faça sua escolha

Nessa época do ano, com o Halloween, o medo vira tema de festa. Mas, na vida real, o medo raramente é divertido

Por Luana Marques
Atualizado em 31 out 2025, 19h10 - Publicado em 31 out 2025, 18h00

Aquele que, só de pensar, faz seu corpo entrar em alerta. Talvez seja medo de altura, medo de avião, medo de dentista, de médico, de ficar preso num elevador. Pode ser medo de barata, ou de falar em público.

Inclusive, existem pesquisas que mostram que mais pessoas têm medo de falar em público do que de morrer.

Nessa época do ano, com o Halloween, o medo vira tema de festa. Mas, na vida real, o medo raramente é divertido.

Ele paralisa, limita e nos faz viver uma vida menor do que merecemos.

Especialmente quando chega ao nível de fobia: um medo intenso e persistente diante de algo que, na maioria das vezes, não representa uma ameaça real.

Segundo a ciência, milhões de pessoas vivem assim todos os dias — evitando pontes, elevadores, voos, injeções, tempestades ou apresentações no trabalho. E quanto mais evitam, mais o medo cresce. Até que ele se torna o centro das decisões.

Mas há outro caminho.

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Como enfrentar seus medos e fobias?

Eu, por exemplo, tenho medo de altura.

 

E não é pouco. Toda vez que estou diante de um lugar alto, meu corpo entra em alerta: o coração dispara, a respiração falha, e meu impulso é me afastar o mais rápido possível.

Mas, mesmo com esse medo, fiz questão de saltar de paraquedas na minha lua de mel. E hoje, sempre que posso, encaro montanhas-russas como parte do meu treino.

Faço isso por um motivo muito simples e muito importante: evitar só reforça o medo.

Toda vez que fugimos, o cérebro entende que aquela situação era mesmo perigosa. E, na próxima vez, vai gritar ainda mais alto.

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Esse padrão tem nome: evitação psicológica.

É o hábito de escapar do desconforto sempre que ele aparece.

Você evita uma altura hoje, e amanhã já não consegue fazer aquela viagem de avião importante. Você evita falar em público uma vez, e daqui a pouco, está recusando projetos, promoções e oportunidades de crescimento.

Aborde, não evite

Aos poucos, com segurança e intenção, você se aproxima daquilo que te dá medo. Fica mais um pouco e aguenta o desconforto.

 

Essa é a base da terapia de exposição: ensinar o cérebro, com pequenas doses controladas, que aquilo que ele teme não é uma ameaça real.

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A cada vez que você enfrenta o medo sem fugir, seu cérebro aprende que não é uma ameaça real. Que você pode sentir medo e, mesmo assim, continuar.

E com o tempo, o cérebro aprende: “eu consigo lidar com isso.”

A chave não é eliminar o medo. É treinar a sua amígdala que o perigo não é real, não é necessário te proteger.

Como superar seus medos na prática?

Para você começar a praticar, há 3 passos que vão te ajudar muito:

 

1. Identifique o foco do medo

Pergunte-se: do que, exatamente, eu tenho medo?

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É de cair? De ser julgado? De não saber o que dizer? Dê nome ao foco real da ameaça percebida.

2. Entenda como fazer uma ação oposta

Se a evitação psicológica te afasta do que é desconfortável, a proposta aqui é fazer o oposto.

Então, se o seu medo pede silêncio, fale. Se ele te faz evitar alturas, faça como eu e se acostume a encarar montanhas-russas quando puder.

Quando o medo te pedir para fugir, fique. A cada vez, tolere o desconforto por mais tempo.

3. Repita. Várias e várias vezes.

Quanto mais você pratica a ação oposta, mais o seu cérebro aprende que aquela situação não é uma ameaça real.

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Foi dessa forma que reprogramei a resposta do meu cérebro à altura.

No meu livro, Viver com Ousadia, compartilho diversos outros exemplos concretos e práticos de ações opostas. Desde como treinar seu cérebro para lidar com a vergonha, até como lidar com a raiva.

O mais importante é entender que fobia e medo não são sinônimos de frescura ou fraqueza. Mas evitar sempre é abrir mão da vida que você poderia viver.

E, a cada vez que você escolhe abordar em vez de evitar, mesmo que tremendo, você dá ao seu cérebro a chance de aprender uma coisa nova: “isso não vai me destruir.”

Na próxima vez que o medo ameaçar te paralisar, lembre de mim e do meu medo de altura. Mesmo morrendo de medo, não perco uma oportunidade de me divertir nas montanhas-russas de um parque.

E então eu te pergunto:

Qual medo está te impedindo de viver uma vida mais ousada?

Você sabe qual é. Agora, o que vai fazer com ele? Você vai “encarar sua barata” ou vai fugir dela?

Nos falamos na próxima semana!

Até lá, pratique a ousadia de enfrentar o desconforto, mesmo que seja só por alguns segundos a mais do que ontem.

E se essa coluna te fez refletir, me escreve no Instagram e me conta. Meu perfil é luanamarques.phd e adoro conversar com meus leitores por lá!

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