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Walcyr Carrasco

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Assaltos farmacêuticos

O triste comércio paralelo (e criminoso) do Ozempic e afins

Por Walcyr Carrasco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2025, 08h00

Uma coisa não se pode negar: a imaginação dos assaltantes é criativa demais. Não se contentam com Rolex, celulares e até — pouco se fala — com dentes de ouro capturados em caixões de cemitério. Agora surgiu um novo objeto de desejo dos mãos-­leves: cremes faciais de primeira linha e, principalmente, os medicamentos Ozempic e Mounjaro. Inicialmente destinados ao tratamento de diabetes, conseguem resultados incríveis no emagrecimento. Só que têm um valor considerado alto no mercado. O Ozempic custa de 800 a 1 300 reais por caneta, dependendo do lugar de compra e dos descontos, e o Mounjaro, de 1 400 a 3 600 por caixa, também dependendo das especificações do tratamento. Criou-se um mercado paralelo (não só deles, diga-se de passagem, mas de remédios de todos os tipos, alguns que até já deixaram de fabricar). Remédios para emagrecer tornaram-se objetos de desejo. Nesse mercado paralelo podem ser encontrados a preços melhores — basicamente porque são furtados. Muitas farmácias, que antes mantinham estoques, hoje só vendem sob encomenda. Um transtorno para o farmacêutico e para o cliente. Mas são tantas as situações obviamente ilegais, que a gente até se acostumou (uma pena!).

Não gosto da ideia de recorrer ao mercado paralelo de remédios, a não ser para pessoas com doenças terríveis, cujos medicamentos ainda não existem no país. Mas uma vez, uma única vez, fui atrás. Havia um remédio que realmente tirava a barriga. De repente foi proibido mundialmente porque, segundo foi dito, causava depressão. Causava como, se eu me sentia feliz, feliz? Bem, aparentemente eu pertencia a um grupo de felizardos 30%. Os outros 70% entravam em crises terríveis. Eu me senti injustiçado e não resisti. Fui ao mercado paralelo. Comprei três caixas e voltei a engordar. As cápsulas eram falsificadas! Soube de quem encomenda remédios não encontrados no Brasil a tripulações aéreas. É errado do ponto de vista da lei. Mas estamos falando de medicamentos muito difíceis de achar, que já estão no mercado no exterior e aqui, não.

“Os meliantes estão atacando as seções de cosméticos e remédios para emagrecer. É uma nova tendência”

No caso de produtos de beleza, quanto mais grife possuem, pior! Não é só questão da qualidade de um creme facial, mas do quanto ele é valorizado pelo nome, por ser chique. Tenho uma experiência peculiar a respeito, mas não me julguem! Sou viciado em Vick VapoRub. Desde adolescente, aplico toda noite no meu nariz e adjacências. Muitas vezes fui elogiado, até por médicos, pela minha pele. Quando digo meu segredo, quase me batem. Nem acreditam, acham que uso alguma fórmula mágica fervida num caldeirão. O fato é que adoro o aroma, nada mais! Mas quem gastou uma fortuna num creme facial grifado, jamais acreditará e acha que estou mentindo!

Bem, os meliantes jamais vão afanar o Vick. Continuam atacando seções de cosméticos ou remédios para emagrecer. É uma nova tendência. Fique de olho. Daqui a pouco a magreza vai ser suspeita!

Publicado em VEJA de 21 de novembro de 2025, edição nº 2971

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