A saga fashion continua: Sabato De Sarno deixa a Gucci e Kim Jones sai da Dior
Saída de estilista da grife italiana é anunciada pouco antes do desfile em Milão. Já a Dior deve anunciar mais baixas em sua equipe de estilo

Quando pensamos que a dança das cadeiras no universo da moda ia dar uma trégua, após intensas mudanças no ano passado, eis que vieram mais surpresas. A última aconteceu nesta quinta-feira 6, com o anúncio oficial da Gucci sobre a saída de Sabato De Sarno, que assumiu a direção criativa da marca italiana em setembro de 2023.
“Gostaria de expressar minha profunda gratidão a Sabato por sua paixão e dedicação à Gucci. Agradeço sinceramente a maneira como ele honrou, com profundo comprometimento, o artesanato e a herança da marca”, disse Stefano Cantino, CEO da Gucci, confirmando o burburinho entre os fashionistas às vésperas do desfile da grife que abre a Semana de Moda de Milão, na terça-feira, 25 de fevereiro.
Francesca Bellettini, vice-CEO da Kering e responsável pelo desenvolvimento da Gucci também se manifestou: “Agradeço sinceramente a Sabato por sua lealdade e profissionalismo. Tenho orgulho do trabalho que foi feito para fortalecer a identidade da marca. Stefano e a nova direção artística continuarão nessa base para redefinir a liderança criativa da Gucci e seu crescimento sustentável”, comentou.
Já De Sarno publicou uma mensagem positivista em seu perfil, mas sem citar a Gucci: “Não existe projeto importante que aconteça sem a paixão, cabeça e coração de pessoas extraordinárias. A estes eu quero dizer: lembrem-se sempre de sorrir. Porque é a medida de permanecer a si mesmo diante de todas as oportunidades e desafios. Um obrigado não é suficiente, talvez. Mas meu sorriso hoje é para você”, escreveu.
Mais baixa e especulações
Outra baixa recente foi na Dior, que no final de janeiro comunicou o desligamento de Kim Jones da direção criativa da Dior Homme, linha masculina da maison francesa, após sete anos. As más línguas já dizem que a marca também deve anunciar, em breve, a saída de Maria Grazia Chiuri do feminino para que todas as linhas sejam comandadas por Jonathan Anderson, um dos mais festejados e ousados estilistas da atualidade, que além de sua grife JW Anderson, está à frente da espanhola Loewe.
A guerra dos tronos de 2024
Em 2024, a guerra dos tronos entre as griges de luxo foi intensa. Após 5 nos à frente da Chanel, no lugar de Karl Lagerfeld, que morreu em 2019, Virginie Viard saiu da marca. Sua cadeira vaga, então, passou a ser a mais cobiçada da moda. Enquanto a maison francesa não anunciava um novo criador, muitas águas rolaram embaixo das pontes fashion: Pierpaolo Piccioli anunciou sua saída da Valentino, assim como John Galliano, da Maison Margiela; Hedi Slimane deixou a Cèline, Glenn Martens largou a Y/Projects; Dries Van Noten comunicou aposentadoria, Chemena Kamali estreou na Chloè. O último anúncio, bem no final de 2024 se deu por Matthieu Blazy, que deixou a Bottega Veneta para assumir o trono da Chanel – ele estreia com seu primeiro desfile, em outubro de 2025, já no Grand Palais, onde a grife voltou a apresentar as suas coleções em setembro, após anos de reforma. O ano que vem, aliás, promete em dèbuts: Peter Copping na Lanvin; Sarah Burton na Givenchy; Michael Rider na Celine; Haider Ackermann na Tom Ford e Louise Trotter na Bottega Veneta.