As revelações de Paulo Borges em documentário sobre moda e sua vida além…
Série em três episódios, trará histórias de bastidores do São Paulo Fashion Week e da vida particular do criador da semana de moda
Além das imagens, tecidos e tendências, a moda, na vida de Paulo Borges, é feita de alma, fé e encontros. De uma trajetória que começou longe das luzes da passarela, mas que acabou iluminando todo um ecossistema criativo com a criação, há 30 anos, do São Paulo Fashion Week. É isso que o documentário Muito Além da Moda — Paulo Borges, com estreia prevista para outubro de 2026 pela Universal, promete revelar: a história de um homem que transformou a moda brasileira em movimento coletivo e em espelho do país.
Série em três episódios — “porque é impossível contar tudo em um só”, diz Paulo a VEJA, com aquele tom calmo de quem aprendeu a respeitar o tempo das coisas – de fato, abre muito da vida profissional e pessoal do diretor da semana de moda paulistana: a infância em São José do Rio Preto, a vinda a São Paulo para estudar ciência da computação – “acabei caindo na moda por acaso, totalmente improvável”, conta, emendando no encontro com Regina Guerreiro na revista Vogue – “eu não sabia nada, e foi por isso que ela me contratou”, e acima de tudo, revela o nascimento de um olhar que veria na união — e não na competição — a força de uma indústria. “O São Paulo Fashion Week nasceu do coletivo”, explica. “Eu senti que as pessoas tinham medo de se juntar, como se a união fosse algo errado. E aí descobriram que não. Que o poder está no coletivo. Eu estou aqui por causa das pessoas”, afirma.
Essa dimensão humana é o fio que costura a narrativa. O documentário mostra Paulo não apenas como o criador da maior semana de moda da América Latina, mas como filho, pai, companheiro, homem de fé e artista. “Fala da minha vida com o meu filho, da minha vida familiar com o meu namorado em casa, da minha paixão pela Bahia, do meu encontro religioso com o Candomblé”, diz.
E, claro, há moda — mas vista “de dentro pra fora”. São cenas inéditas de bastidores, conversas com nomes fundamentais da moda brasileira, e imagens nunca antes mostradas. “Documentário não é ficção. É memória. E memória vira patrimônio do mundo. Você não tem mais licença poética. Não é mais teu, é do mundo”, reflete Paulo, com a serenidade de quem entende que contar sua história é também contar a de toda uma geração criativa. “O São Paulo Fashion Week chegou aos 30 anos com cara de 20, de 15. É uma mudança geracional visível, e a gente vem trabalhando isso”, finaliza.
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