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Banalização da pirataria quadruplica prejuízo em uma década

Contrabando avança em 15 setores e causa perdas avaliadas em R$ 468,3 bilhões à economia nacional

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2025, 08h00

O contrabando e a pirataria estão em toda parte, mas principalmente nos locais de comércio popular. Acessórios e roupas estampadas com monogramas de grife de luxo, marcas de cigarro totalmente desconhecidas e celulares sem certificação da Anatel são vendidos aos baldes, nas bancas dos ambulantes e até mesmo em lojas. A mercadoria não fica escondida, nem a compra é feita com algum constrangimento do consumidor, mais interessado no preço do que na procedência. Enquanto isso a fiscalização faz vista grossa à negociação sem nota. No Brasil, comprar produto falsificado é fácil, basta querer.

A banalização da pirataria pode ser medida pela escalada dos prejuízos, que na última década quadruplicaram. Em 2014, o montante era de R$ 100 bilhões e passou a R$ 468,3 bilhões, em 2024, de acordo com o mais recente levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP) e a Ilegalidade. “Estamos falando de um sistema que não apenas drena recursos da economia formal, mas alimenta o crime organizado e desestabiliza setores inteiros da indústria nacional” diz Edson Vismona, presidente da FNCP.

Desfilar uma bolsa genérica da Dior tem consequência muito maior do que apenas despertar a inveja das amigas mais ingênuas, que não sabem distingui-la de uma original. O setor do vestuário é o mais impactado pela falsificação. Está no topo do ranking de prejuízos, com o montante de R$ 87 bilhões, em perdas. Em segundo lugar, reinam as bebidas alcóolicas, com R$ 85,2 bilhões, seguidos dos combustíveis, com R$ 29 bilhões, e pela higiene pessoal, R$ 21 bilhões.

Cigarro é o setor mais rentável da pirataria

O contrabando mais rentável para os criminosos, segundo o levantamento, é o de cigarros. No ano passado, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 59 milhões de maços ilegais em todo país. Trata-se do item mais confiscado pela Receita Federal, mesmo assim segue sem controle, pois está nas mãos das facções. No ano passado, esse mercado movimentou R$ 9 bilhões de reais, levando a um prejuízo de R$ 7,2 bilhões em evasão fiscal, de acordo com os dados da Inteligência em Pesquisa e Consultoria.

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