Boho Chic: por que a estética hippie é a mais forte tendência de moda em 2025?

Uma das tendências de moda mais fortes do ano é o boho chic. Endossado pelos últimos desfiles das temporadas internacionais, traz referências profundas de diferentes movimentos culturais e artísticos, em interpretações contemporâneas do estilo boêmio do século XIX (boho vem de “bohemian”) e da estética hippie dos anos 1960 e 1970. Assim, se misturam e se sobrepõem roupas fluídas, estampas étnicas e acessórios artesanais.

Nas passarelas, é muito bem representado pela Chloé, sob a direção criativa de Chemena Kamali, visível admiradora do estilo, e ganhou força em outras apresentações da Semana de Moda de Paris como Saint Laurent, Giambattista Valli e Zimmermann.

Entre as celebridades Marina Ruy Barbosa, Sienna Miller, Mary-Kate e Ashley Olsen, Nicole Richie e Ana Hickmann são algumas que aderiram ao boho chic, além de Sabrina Sato, que incorporou o estilo a um de seus vestidos de casamento com Nicolas Prattes, em janeiro, e Kate Moss, uma das mais expressivas defensoras dessa estética desde os anos 1990. Apareceu até nos tapetes vermelhos, algo antes impensável, já que são historicamente looks mais “alternativos”.

Mas o que explica a volta do boho chic agora e com tanta força? Assim como foi nos anos 1960 e 1970, o estilo vem como uma reação à enorme onda conservadora que invade o planeta, embalada pelo retorno de Donald Trump ao poder dos Estados Unidos. Não à toa, naquela época, virou uniforme do movimento hippie.

É fato que o conservadorismo está mexendo com a indústria – vemos em movimentos como a absurda volta das peles de animais e do culto à magreza exagerada nas passarelas, por exemplo. O boho chic, no entanto, endossa a contracultura em uma representação da liberdade. É a moda como expressão, que mais uma vez pretende reagir contra o retrocesso após anos de conquistas.

Veja looks boho chic nas passarelas internacionais:

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