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Café fake: Associações alertam sobre riscos de consumo de alternativas à bebida original

Vendidos ilegalmente, pacotes com mistura à base de café não são fiscalizados pela legislação sanitária

Por Redação 12 fev 2025, 11h21

Circula nas redes sociais uma série de fotos e vídeos alertando sobre o “café fake” ou “cafake”, uma mistura de café com diversas impurezas, como cascas, galhos, pó e outros subprodutos do processamento do grão. Associações importantes do mercado estão se manifestando sobre a venda dessas misturas, consideradas ilegais pela legislação brasileira. 

O problema é que o “café fake” é vendido com embalagens bastante semelhantes ao produto original justamente com o objetivo de enganar os consumidores. Com o preço do pacote de meio quilo de café na casa dos R$ 30, o “pó para preparo de bebida à base de café”, como o produto é comercializado, pode custar menos da metade. 

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou um documento há poucos dias alertando sobre a venda dessas alternativas, afirmando que a legislação proíbe a comercialização e pedindo à população que não consuma estes produtos, já que eles podem oferecer riscos à saúde. A Abic é responsável por selos que determinam a qualidade do café comercializado no Brasil.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) também divulgou uma nota apoiando o posicionamento da Abic e recomendando atenção dos mercados. “A Abras, preocupada com seus associados, repassa a todo o setor informações sobre produtos, recebidas de fontes fidedignas, recomendando alertar as áreas responsáveis pelas compras e pelo recebimento das mercadorias para que tenham atenção quanto a tais produtos. Nesse caso, como recomenda a Abic, uma forma de assegurar a aquisição e consumo seguro do café de verdade é observar e comprar cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da Abic”, diz o comunicado oficial.

Produtos como a mistura para preparo de bebida à base de café costumam surgir no mercado como alternativas de baixo custo quando os preços dos originais sobem. É o caso da bebida láctea, similar ao iogurte, do creme culinário, que causou polêmica há algum tempo ao tentar se passar por creme de leite, e do óleo composto, mistura de azeite com outros óleos vegetais, que apareceu no momento em que uma garrafa de azeite de meio litro está na faixa dos R$ 50. 

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Como são produzidos muitas vezes por empresas clandestinas e sem nenhum controle sanitário, os produtos oferecem riscos à saúde. E costumam ser comercializados com embalagens similares aos originais, de forma a enganar o consumidor menos atento. 

Confira o posicionamento oficial da Abic: 

A respeito da comercialização de “Café Fake / CaFake”, ou seja, misturas de café com impurezas, a ABIC vem expor e esclarecer o que se segue.

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A legislação nacional sanitária e de defesa agropecuária proíbe, de forma expressa, com punição de multa e apreensão, a oferta direta ao consumidor de café misturado com resíduos agrícolas, matérias estranhas e impurezas como cascas, palha, folhas, paus ou qualquer parte da planta exceto a semente do café.

Com a valorização do preço da saca de café, cresce o surgimento de empresas clandestinas que oferecem, a baixo custo, misturas impróprias para o consumo humano, como se fossem café.

Com a intenção de burlar a legislação e enganar o consumidor, algumas empresas têm tentado enquadrar a mistura intencional de impurezas no café em outras categorias de alimentos, mantendo-se a identidade visual parecida com o café verdadeiro. Trata-se do “Café Fake / CaFake”, ou seja, produto que parece café, mas não é.

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O denominado “pó para preparo de bebida tipo ou sabor café”, não é café e pode ludibriar o consumidor. Ressalta-se que a legislação sanitária prevê que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes no mercado requer autorização prévia da ANVISA, mediante a comprovação da segurança de consumo. O comércio irregular e o consumo de produtos clandestinos, por empresas sem registro nos órgãos oficiais, além de violar a legislação, oferece riscos à saúde.

A ABIC alerta os supermercados e demais varejistas sobre a irregularidade do comércio de misturas ilegais e recomenda o não consumo de tais produtos pela população, diante do risco à saúde.

Uma forma de não se deixar enganar e assegurar o consumo seguro do café de verdade é através da aquisição de cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da ABIC.

As providências cabíveis em desfavor do “Café Fake” já estão sendo tomadas pela ABIC junto aos órgãos de defesa agropecuária, vigilância sanitária e proteção ao consumidor.”

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