Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

“Ela fala que é a primeira presidente autista”, diz mãe de menina com TEA

Graças a documento que comprova o transtorno do espectro autista (TEA), pessoas como Daniela, 6, podem garantir seus direitos

Por Sabrina Brito 18 Maio 2022, 16h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Recentemente, a cidade de São Caetano do Sul começou a implantar na Secretaria Deficiência ou Mobilidade Reduzida a nova versão do sistema de emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). A ideia por trás do documento é facilitar a inclusão social das pessoas com o transtorno.

    Priscila Kawamura Vaz, de 42 anos, é mãe de Daniela, de 6, primeira pessoa a receber a CIPTEA em São Caetano do Sul. Ela conversou com VEJA sobre a situação de Daniela e como a carteira de identificação pode ser útil.

    Como foi feito o diagnóstico de Daniela?

    O diagnóstico veio quando ela tinha por volta de dois anos e meio, depois de uma avaliação multidisciplinar com psicóloga, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, neurologista e psiquiatra. Ela mostrava sinais desde muito nova e eu percebia que havia algo diferente, mas ela era muito pequena para ter diagnóstico.

    Qual foi a reação da família?

    Continua após a publicidade

    Eu tenho gêmeas: Daniela, que tem esse diagnóstico fechado, e a Érica, que ainda não tem diagnóstico fechado. Mesmo sabendo que poderia ser transtorno do espectro autista, a nossa família sofreu  um baque muito grande com o diagnóstico. Perdi meu chão naquela hora. Mas logo em seguida todos nós nos unimos para que ela tivesse um bom desenvolvimento e fosse independente no que pudesse. E assim foi: se ela tinha dificuldades, por exemplo, de ir ao supermercado, nós passamos a ir em horários mais calmos, aos poucos, para ela se acostumar. Ela respondeu bem a isso. A Daniela demorou um pouco a responder às terapias, mas a união familiar e a terapia funcionou muito bem. Por isso, digo que diagnóstico não é fim, é começo.

    A CIPTEA é importante para pessoas com transtorno do espectro autista?

    Importantíssima. O transtorno não é uma deficiência visível, mas garante aos seus portadores direitos como atendimento preferencial e vagas de estacionamento. Muitas vezes, as pessoas não entendem um surto de um autista, confundindo, por exemplo, com uma birra. Com a CIPTEA, fica mais fácil garantir esses direitos. 

    Continua após a publicidade

    A Daniela gosta de ter uma carteira de identificação própria para pessoas no espectro autista?

    Ela adora, fala até mesmo que é a primeira presidente autista do Brasil e que tem a carteirinha provando. Já explicamos para ela que o documento serve para garantir seus direitos, mas que ela também vem com deveres. Por exemplo, ela só deverá usar o documento em caso de necessidade, porque outras pessoas talvez precisem mais de determinados direitos em certo momento do que ela. A inclusão é necessária em todos os lados.

    Para Luciano Cintrão, diretor da Valid, empresa que desenvolveu a solução, para Cidades Inteligentes, o CIPTEA é muito útil para evitar constrangimentos e deixar claros os direitos da pessoa com o transtorno. Segundo ele, em São Caetano do Sul, a procura pela CIPTEA tem sido mais intensa entre alunos da educação infantil e ciclo de ensino fundamental, com a demanda se dividindo entre 38% de pessoas na faixa etária de 0 a 6 anos e 43% de jovens entre 7 e 14 anos. A procura nas demais faixa, por ora, tem sido baixa – mas fica a esperança de que passe a crescer.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.