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Ela já levou: o que está por trás das escolhas fashion de Fernanda Torres

A caminho da cerimônia do Oscar, ela desfila o charme incontestável de uma mulher madura e bem-humorada, sem os exageros de Hollywood

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 fev 2025, 08h00

Pouco importa se Fernanda Torres sairá de Los Angeles, no domingo de Carnaval, 2 de março, com a estatueta do Oscar. A Eunice do já clássico filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, a viúva do ex-deputado Rubens Paiva, morto nos porões da ditadura, em 1971, tem chamado atenção por onde passa e por onde pisa, desde que deflagrou a campanha para atrair votos da Academia de cinema, desde que ergueu o troféu do Globo de Ouro. Aos 59 anos, madura e altiva, sem no entanto perder o sorriso contagiante e a alegre ironia dos tempos de juventude — quando ganhou a Palma de Ouro de melhor interpretação feminina em Cannes, por Eu Sei que Vou Te Amar, em 1986, e depois como a Vani de Os Normais, lançado pela Globo em 2001 —, ela desfila o poder da maturidade. Elegante, precisava não ofender a história de Eunice, mas também não poderia ser minimalista em demasia.

Era como se a personagem saísse da tela. Como, então, Eunice se vestiria? Eis a premissa a costurar o planejamento visual de Fernanda para as câmeras de quem as aponta para o frenesi de Hollywood. “O desejo dela era levar a personagem para além do que foi visto no filme”, disse a VEJA o estilista Antonio Frajado, responsável pelo guarda-roupa da atriz. “Funcionou porque há semelhança entre as personalidades.” Pode soar um tanto exagerado, mas é paralelo coerente, dada a discrição parecida de ambas.

Funcionou, e muito. Do début no Festival de Veneza, em setembro do ano passado, onde usou um modelo assinado por Alexandre Herch­co­vitch, à noite do Bafta, apelidado de o “Oscar Britânico”, dentro de um vestido de alta-costura Dior, desenhado por Maria Grazia Chiuri, com um decote um pouquinho maior do que o habitual, Fernanda nunca deixou de ser Fernanda. Entre um ponto e outro, foi de Olivier Theyskens, Burberry e Chanel — que ofereceu a ela um casaco-­vestido inédito, na Semana de Moda de Paris, e que tão cedo não chegará às lojas. A peça já é conhecida como “o casaco de Fernanda Torres”. “Ela sabe exatamente o que quer usar, isso encanta”, diz Reinaldo Lourenço, autor de um modelo tubo de seda preta para o Festival de Toronto.

RECEITA - Demi Moore: por hábito ou imposição dos flashes, dá-lhe decotes
RECEITA - Demi Moore: por hábito ou imposição dos flashes, dá-lhe decotes (Jon Kopaloff/WireImage/Getty Images)

A crescente popularidade de Fernanda como ícone da moda também se reflete nas redes sociais, é natural. Seus looks são frequentemente comentados e compartilhados por admiradores, gerando debates. A atriz, no entanto, mantém postura discreta em relação ao capítulo como influencer, afirmando em entrevistas que “não fez nada, o filme apenas a colocou nisso”. A seu feitio, modesta, mas sempre atenta, sabe andar na contramão de alguns de seus pares na festa. Tome-se, como exemplo, Demi Moore, 62 anos, candidata por A Substância — adversária da pesada na disputa do Oscar. A americana fez carreira com figuras quase sempre sensuais, voluptuosas, de erotismo transbordante, características, aliás, que a afastaram dos prêmios, e que o próprio A Substância critica, de algum modo. E, contudo, na vida real, por hábito, talvez, ou imposição dos flashes, ela usa e abusa dos decotes, como seu viu durante o rega-bofe do Critics Choice. É o avesso da brasileira, charmosa de outro modo. “A roupa serve a Fernanda, e não o contrário”, diz Frajado.

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A expectativa, em forma de segredo que vale 1 milhão de dólares, é saber o que o alter ego de Eunice vestirá na noite do Oscar. VEJA apurou que o modelo está sendo costurado em Paris, embora não se saiba a etiqueta. Deve ser preto, mas com detalhes que confiram algum glamour. Tudo para que, ao final da aventura de 2024 e 2025, ela possa repetir Eunice em uma das cenas mais bonitas de Ainda Estou Aqui, quando a mãe de cinco e marido desaparecido é abordada por um repórter fotográfico que lhe pede ar tristonho, uma foto “menos feliz”. Ela se recusa a fazer cara feia, vira para os filhos e diz: “Nós vamos sorrir! Sorriam!”. Assim é Fernanda Torres, chique no último.

Publicado em VEJA de 21 de fevereiro de 2025, edição nº 2932

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