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Lily Collins e o tribunal da magreza: até quando vamos julgar corpos alheios?

Na semana de moda de Nova York, a atriz foi alvo de críticas ferozes por estar 'excessivamente magra' pelos implacáveis 'juízes' da internet

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 set 2025, 20h00

Os comentários foram imediatos. Uns levantaram bandeira de preocupação com sua saúde, outros dispararam ironias do tipo “vai comer um hambúrguer”. Em comum, todos se sentiram no direito de verbalizar julgamentos sobre o corpo de Lily Collins — como se isso fosse um dever coletivo. A atriz surgiu na primeira fila do desfile da Calvin Klein, na semana de moda de Nova York, de top curto e barriga à mostra. Bastou a imagem rodar para que o tribunal da opinião pública decretasse uma sentença: “magreza excessiva”.

Esse tipo de ataque não é de hoje. Dias atrás, Nelly Furtado foi alvo por ter ganhado peso. Serena Williams, acusada de emagrecer apenas com ajuda de medicamentos, também enfrentou julgamentos ferozes. Oscilar entre magreza ou gordura, usar ou não substâncias para emagrecer, nada escapa do escrutínio público e das redes socias – juízes implacáveis, prontos a sentenciar, sem direito à apelação.

O problema maior é o julgamento, que virou parte da rotina. Entre uma conversa banal e outra, surge algum comentário cruel sobre aparência, não importa qual seja: “Ela é feia, não sabe se vestir, não atua bem”. Sentenças quase automáticas, como se essas pessoas tivessem autoridade para definir a vida de outra pessoa.

O peso da crítica atinge todos os lados. Corpos gordos são estigmatizados como inconformados e irresponsáveis. Já a magreza extrema é vista como suspeita, pouco saudável. Mais recentemente, até quem recorre a medicamentos para emagrecer passa pela acusação sem fundamento ter escolhido um “atalho”. Em todos os casos, sobra julgamento — e falta empatia.

O discurso da diversidade e da positividade corporal deveria ser o norte, mas a cultura da dieta e a ditadura da aparência ainda falam mais alto. E as pessoas seguem se prendendo ao hábito mais tóxico de todos: reduzir o outro ao seu corpo. É preciso – e urgente – repensar.

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O primeiro passo é simples: entender que essas opiniões não são verdades absolutas. O que essas pessoas que tanto julgam e criticam sobre a magreza ou a gordura de alguém não corresponde, nem de longe, à complexidade da vida daquela pessoa. O segundo, mais profundo, é ainda mais desafiador: não só deixar de comentar, mas eliminar o julgamento em si. Não cabe a esses “juízes” avaliar se um corpo gordo ou magro é bonito ou saudável.

Pode parecer utopia, mas imagine que revolução seria uma sociedade onde corpos não fossem pauta de julgamento. Onde Lily Collins pudesse apenas assistir a um desfile — sem precisar enfrentar o tribunal implacável da opinião alheia.

Lily Collins no desfile da Calvin Klein, em NY: condenada, sem direito à apelação
Lily Collins no desfile da Calvin Klein, em NY: condenada, sem direito à apelação (TheStewartofNY/GC Images/Getty Images)
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