Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Abril Day: Assine Digital Completo por 4,00

Monumentos são retirados das ruas do Rio para evitar furtos

Decisão acende discussão sobre a função das obras públicas e segurança patrimonial no espaço público

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2025, 21h02 - Publicado em 19 ago 2025, 20h22

Sem conseguir deter o vandalismo e furtos de patrimônios públicos, no Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos vem retirando monumento das ruas na tentativa de salvá-los. O mais recente alvo dos bandidos foram dois jacarés de bronze, de quase 400 quilos cada uma. Eles integram o Chafariz do Menino, no Passeio Público, no centro da capital fluminense. Para tentar levar as esculturas, os ladrões arrancaram as pedras onde estavam instalados, no último sábado, 16, mas a estratégia não deu certo. Antes que os meliantes voltassem para acabar o serviço, os jacarés foram retirados pela Prefeitura emergencialmente. O monumento, criado pelo Mestre Valentim, em 1783, importante escultor do Brasil Colônia, é tomado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Esse não foi um caso isolado: no mesmo Passeio Público, dez esculturas foram furtadas, e outras dez recolhidas pela Prefeitura por estarem danificadas ou terem sofrido tentativas de roubo — entre elas o busto de Castro Alves também de autoria do Mestre Valentim. Na Vila Isabel, a famosa estátua de Noel Rosa, sentado em uma mesa de bar, sendo atendido por um garçom também foi alvo de furtos repetidos. A obra inspirada no samba Conversa de Botequim, de Noel e Vadico, foi sendo pilhada aos poucos. Primeiro a mesa e depois parte da cadeira. A prefeitura resolveu retirar a estátua de Noel, antes que ela também fosse furtada.

Monumentos mutilados — como a estátua de Gandhi, na Cinelândia, que teve parte do seu cajado furtado –alteram o sentido da obra, enfraquecem a narrativa e a memória coletiva que representam. Mas colocá-los fora do alcance dos olhos da população, para que não sejam furtados, não resolve o problema da insegurança do espaço público, da conscientização da importância da cultura nas ruas e respeito que a população deveria ter com a memória da cidade e do país. Enquanto as memórias ficam trancadas, fios, cabos, lâmpadas e pessoas são furtadas e agredidas.

Leia:

+https://beta-develop.veja.abril.com.br/cultura/iphan-e-ibram-vao-recuperar-obras-de-arte-danificadas-por-terroristas/

+https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/07/06/monumentos-publicos-vandalizados-sao-restaurados-em-sp.ghtml

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 4,00/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.

abrir rewarded popup