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No Dia da Favela, Regina Casé comemora a potência criativa das comunidades

Entre dezenas de comemorações espalhadas pelas principais capitais, figuras importantes da cultura promovem o empoderamento das periferias

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2024, 00h04 - Publicado em 4 nov 2024, 20h11
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  • Símbolo de resistência, celebração e reconhecimento da importância das comunidades na construção da identidade cultural e histórica do Brasil, o Dia da Favela é comemorado hoje, 4 de novembro, data da formação do primeiro conjunto deste tipo: o Morro da Providência, no Rio de Janeiro, em 1900. Hoje, esses conglomerados urbanos acomodam 5 milhões de moradias, que carecem dos mais variados tipos de infraestrutura. Mas apesar dos problemas, há muito o que comemorar. Na virada do domingo para esta segunda-feira, todas as favelas celebraram a entrada do Dia da Favela.  É a homenagem a “favela como potência, como usina de criação”, disse Regina Casé, em um vídeo postado no Instagram.

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    Movimentos artísticos como o funk carioca e o hip-hop, por exemplo, começaram nas favelas e hoje são fenômenos globais. Além disso, artistas, influenciadores e criadores de conteúdo oriundos desses espaços têm conquistado espaço e trazido uma nova perspectiva sobre essas comunidades, mostrando resiliência, talento e riqueza cultural. Grande fomentadora da cultura local, a Central Única da Favela realizou uma agenda repleta de festividades no Rio de Janeiro, em São Paulo e, em especial, em Salvador, que concentra o maior número de favelas do Brasil. Neste ano o destaque foi a sambista Leci Brandão, homenageada pela trajetória de luta pelo equilíbrio social e pelos direitos humanos. Esse dia também é celebrado em mais 19 países. Além de mostrar o lado pop da favela, a data é usada para reforçar a luta por melhores condições de vida nesses lugares.

    Como surgiu o nome favela

    Por volta de 1897, soldados que lutaram na Guerra de Canudos, na Bahia, foram para o Rio de Janeiro com a promessa de receberem moradia e compensações do governo, o que não aconteceu. Muitos deles construiram casas improvisadas no morro próximo ao centro da cidade, o da Providência. Com o tempo batizaram o local de “Morro da Favela” em um paralelo entre moradia ruim e uma planta espinhosa homônima, que os soldados conheceram nos campos de guerra. Com o tempo, o nome pegou e virou sinônimo de assentamento urbano de ocupação precária em diversas partes do Brasil.

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