Os dois motivos pelos quais a moda continua obcecada pelo vestido preto de Ariana Grande
Modelo de 1952 criado por Gilbert Adrian, mesmo homem por trás dos sapatos de rubi de Dorothy, chamou a atenção pelo estado de conservação
Há roupas que atravessam décadas como feitiços: intocadas, imunes à pressa das tendências, feitas para reaparecer quando o mundo estiver pronto para olhá-las com o devido assombro. Ariana Grande fez essa mágica acontecer em Londres, com um vestido de baile preto de 1952 assinado por Gilbert Adrian, o mesmo costureiro que criou os icônicos sapatos vermelhos de Dorothy em “O Mágico de Oz” (1939).
Na turnê de imprensa de “The Wicked: For Good”, a cantora e atriz abriu o baú da moda e tirou de lá uma joia rara. O vestido — de alça assimétrica, lantejoulas e paetês luminosos, saia balonê em camadas e estrutura quase teatral — é uma ode à elegância que não conhece prazo de validade. Encontrado por ela e seu estilista, Law Roach, na boutique Lily et Cie, a peça é um exemplo impressionante do grau de conservação e do impacto atemporal que o trabalho artesanal pode alcançar.
A escolha não foi casual. Adrian foi o mestre por trás do glamour da Era de Ouro de Hollywood, responsável por vestir estrelas e dar forma a sonhos. Seu traço inconfundível unia drama e sofisticação — e sua conexão com “Wicked” é quase mística: além dos figurinos de “O Mágico de Oz”, o designer também criou o chapéu original da Bruxa Má, peça que agora volta à cena simbólica, décadas depois, enquanto Ariana Grande dá vida à história sob uma nova perspectiva.
Na festa pós-estreia, ela ainda manteve o enredo vintage com um vestido de tule dos anos 50, coberto por um xale translúcido com flores em 3D. Uma escolha que parece dizer: o futuro da moda está no passado — e o luxo, no cuidado com o tempo.
Enquanto muitos caçam nas passarelas do passado por nostalgia, Ariana veste a história como quem desperta uma memória antiga. Talvez por isso a moda esteja tão obcecada por esse vestido: porque ele é mais que um look — é uma lembrança de que a beleza, quando feita para durar, continua a nos hipnotizar — mesmo setenta e três anos depois. E, no fim, o preto de Adrian e o rubi de Dorothy têm a mesma magia: ambos mostram o caminho de volta para casa — para onde a moda realmente pertence e caminha.
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