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7 filmes que são pérolas escondidas na Netflix

De dramas de guerra até uma comédia romântica diferentona, confira sugestões de longas pouco famosos, mas que valem o tempo gasto no site de streaming

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 dez 2018, 12h41 - Publicado em 13 dez 2018, 08h33

O amplo catálogo do site de streaming mantém, por assim dizer, escondidos alguns bons títulos pouco conhecidos, mas de qualidade. Site de VEJA selecionou sete filmes que talvez você não tenha visto e que valem a sessão. Confira:

 

Um Dia Perfeito

O filme oferece uma história aparentemente simples, que se destrincha em caminhos complexos, emotivos e cômicos em um cenário pós-guerra. A trama acompanha uma missão humanitária nos Balcãs, nos anos 1990, quando Mambrú (Benicio Del Toro) e sua equipe devem retirar de um poço em 24 horas um corpo humano, antes que a água dali, uma das únicas potáveis da região, fique contaminada. O cineasta Fernando León de Aranoa (de Segundas-Feiras ao Sol) apresenta esse período com o time composto ainda por um muito louco Tim Robbins, uma francesa com boas intenções (Mélanie Thierry), uma russa mandachuva (Olga Kurylenko), um tradutor nativo (Fedja Stukan) e uma criança que perdeu sua bola em uma briga (Eldar Residovic).


Memórias Secretas

Christopher Plummer, em mais uma atuação de cair o queixo, interpreta Zev, um homem senil que mora em um asilo. O ritmo acelera quando seu amigo Max (Martin Landau) lhe imprime a missão de se vingar do homem que matou a família de ambos, em Auschwitz, durante a II Guerra Mundial. Apesar de lúcido, Max está em uma cadeira de rodas, o que o impede de cumprir o plano, que ele escreve de forma minuciosa em uma carta para Zev, que diariamente lê o texto, para lembrar-se de onde está e qual o motivo. Dirigido pelo premiado Atom Egoyan (de O Doce Amanhã), o filme prende pelo roteiro bem escrito, clima de mistério e surpresas ao longo da difícil jornada do protagonista.

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Anomalisa

Primeiro filme para adultos a ser indicado ao Oscar na categoria de animação, o longa explora temas como crise de identidade, amor e sexo a partir da história de Michael Stone (voz de David Thewlis), um escritor e palestrante motivacional de meia-idade entediado com a vida. Ao redor de Stone, as pessoas têm rostos parecidos e exatamente a mesma voz, dubladas pelo ator americano Tom Noonan, desde o motorista do táxi até a esposa e o filho pelo telefone. Ele desperta quando ouve uma voz feminina diferente das demais. Então conhece Lisa (Jennifer Jason Leigh), uma mulher deslocada, tímida e fã do escritor. O longa é assinado pelo roteirista e diretor Charlie Kaufman, dono de títulos criativos como Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004) e Quero Ser John Malkovich (1999).


Castelo de Areia

Um filme de guerra que não parece um filme guerra. Esta é a melhor maneira de descrever o longa original da Netflix, que conta com astros de Hollywood no elenco e diretor brasileiro no comando. O paulista Fernando Coimbra conduz a trama de um jovem soldado, vivido por Nicholas Hoult, na missão de invasão ao Iraque em 2003. Logo no início, ele tenta quebrar a própria mão para ser dispensado e voltar para casa. A situação dos colegas não é muito diferente. Ao contrário de boa parte dos filmes do filão guerra, que apostam no patriotismo e em personagens heroicos, com grandes cenas de explosões e conflitos entre os bons e os maus, Castelo de Areia prefere ficar nas entrelinhas, explorando a relação dos invasores e do povo que tem a terra invadida e nas injustiças da guerra. Destaque para Henry Cavill, o Superman, agora na pele de um barbudo e frio comandante militar.

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As Duas Faces de Janeiro

Inspirado no livro de 1964 de Patricia Highsmith, a mesma de O Talentoso Ripley, o filme acompanha a complicada relação do americano Rydal (Oscar Isaac), um guia turístico na Grécia, com um casal de turistas (Viggo Mortensen e Kirsten Dunst). Inicialmente, Rydal fica encantado pela dupla: ela, pela beleza e carisma; ele, por parecer com seu pai recentemente falecido. A amizade ganha contornos intrincados quando o guia descobre que o casal está sendo perseguido e decide ajudá-los a fugir. Ainda conta a favor do filme os belíssimos cenários do Mediterrâneo, locação que é quase um personagem a parte da trama por seu envolvimento com as ocorrências.

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O Casamento de Ali

O comediante Osamah Sami é um iraniano de pais iraquianos, que fugiram do Iraque por causa da perseguição do governo de Saddam Hussein. O refúgio no Irã não dura muito, e a família parte para a Austrália. É ali que o rapaz cresce e escreve o roteiro de O Casamento de Ali, inspirado em sua história e da pequena comunidade de muçulmanos refugiados vindos de diversos países que, apesar das muitas diferenças, se apoiam um no outro como meio de manter o básico dos princípios religioso. Sami, que também protagoniza o longa, ironiza sem piedade a cultura na qual está inserido, enquanto narra o período em que mentiu sobre ter sido admitido num curso de medicina. Mesmo sem passar no teste, ele frequenta as aulas, onde se aproxima de uma jovem libanesa por quem se apaixona. A sequência de confusões e inverdades do rapaz é garantia de risos.


Bem-Vindo a Marly-Gomont

Inspirado em uma história real, o filme mostra a jornada de Seyolo Zantoko, um médico congolês que se forma na França e, em vez de voltar ao seu país e trabalhar para o ditador Mobutu, opta por aceitar um emprego em um pequeno vilarejo francês. No local, ele encontra uma grande resistência dos moradores — muitos nunca viram um negro antes. Ele traz junto a família, que vivia bem no Congo, e precisa se adaptar ao clima frio do local (em todos os sentidos). O longa é uma boa pedida para quem gosta de tramas de tom inspirador, que fazem o espectador rir e chorar.

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