O ator Alec Baldwin e outros membros da produção do filme Rust foram processados nesta terça-feira, 15, pela família de Halyna Hutchins, diretora de fotografia morta em 21 de outubro, quando uma arma manejada por Baldwin foi disparada inesperadamente durante as gravações. Apesar de várias ações judiciais movidas nos últimos meses em relação ao ocorrido, a família de Halyna ainda não tinha tomado medidas legais. O advogado da família, Brian Panish, anunciou um processo de homicídio culposo contra Baldwin e “outros responsáveis pela segurança no set e cujo comportamento imprudente” resultou na trágica morte da diretora de fotografia.
O anúncio do processo veio acompanhado de uma reconstituição do que alegam ter levado à tragédia, além de um vídeo com mensagens e e-mails trocados entre os membros da equipe, em que reclamam da segurança no set, e um vídeo de entrevista do próprio Baldwin falando sobre o acidente. Segundo o advogado, ao menos quinze normas da indústria foram desconsideradas no set — o ator não precisava utilizar uma arma para alinhar o tiro, e o armeiro não estava presente quando o dispositivo foi entregue a ele.
A defesa aponta uma maior responsabilidade a Baldwin, por carregar a arma, mas outros processados incluem os produtores Ryan Donnell Smith, Langley Cheney, Nathan Klingher, Ryan Winterstein, Anjul Nigam, Chris M.B. Sharp, Jennifer Lamb e Emily Salveson; o gerente de produção da unidade supervisora Ryan Dennett-Smith; a produtora de linha Gabrielle Pickle; a gerente de produção da unidade, Katherine Walters; a armeira Hannah Gutierrez-Reed; a mestre de adereços Sarah Zachry; o assistente de armeiro Seth Kenney e o primeiro assistente de direção David Halls; além de corporações ligadas à produção.
“Na manhã da trágica morte de Hutchins, os perigos de segurança da produção tinham atingido um ponto crítico. Os membros da equipe de filmagem local ficaram tão chateados com o total desrespeito dos produtores pela segurança que protestaram pelas condições de segurança entrando em greve”, consta na queixa. O incidente ainda está sob investigação pelo condado de Santa Fé, no Novo México, nos Estados Unidos.