Alec Baldwin falou em detalhes, pela primeira vez, sobre o trágico caso da morte de Halyna Hutchins, diretora de fotografia do filme Rust, vítima de uma bala de verdade disparada pela arma que o ator segurava em cena. Em entrevista ao jornalista George Stephanopoulos, da emissora americana ABC News, na noite desta quinta-feira, 2, Baldwin se emocionou, disse que sua carreira acabou e que não apertou o gatilho da arma.
O ator afirmou ter certeza não ser o culpado pela morte, pois, segundo o próprio, não aguentaria a culpa e tiraria a própria vida. Baldwin também contou que desde o incidente sofre com pesadelos e que sua carreira pode ter chegado ao fim. “Não dou mais a mínima para minha carreira”, falou.
Entre os detalhes, o ator de 63 anos disse que Halyna ensaiava com ele a cena e se posicionou diante da arma mostrando a direção para onde ele deveria apontá-la. Segundo Baldwin, ele seguiu as instruções de apenas engatilhar a arma, mas, em seguida, o revólver disparou sem que o gatilho fosse apertado.
“Eu soltei a arma e vi todos horrorizados. Houve muito barulho. Ela caiu. Pensei comigo: ‘Ela desmaiou?’”, contou o ator. “A noção de que havia uma bala verdadeira naquela arma não me ocorreu até provavelmente 45 minutos a uma hora depois.” Ela foi levada ao hospital em um helicóptero, mas não sobreviveu à gravidade dos ferimentos. O diretor do filme, Joel Souza, também ficou ferido.
O caso vem sendo investigado pela Justiça americana. No caminho trilhado até agora, sabe-se que Baldwin recebeu a arma de Dave Halls, assistente de direção do filme, que já esteve envolvido em outro acidente com armas de fogo em Hollywood. Halls, porém, afirma que recebeu o revólver de Hannah Gutierrez-Reed, pessoa responsável pelas armas no filme. Hannah garante não saber de onde vieram as balas. Um dos fornecedores diz que a munição adquirida pelo longa era de festim, mas que, de alguma forma, ela pode ter sido recarregada.