A Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo, publicou na edição desta segunda-feira, 18, do Diário Oficial da União, que a organização social Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC), será a instituição responsável por administrar a Cinemateca Brasileira, após quase dois anos sem nenhum responsável. Segundo a portaria, além da SAC, a OS Centro de Gestão e Controle (Cegecon) também havia enviado uma proposta, mas foi desqualificada por não atingir a pontuação mínima. A Sociedade Amigos da Cinemateca foi criada em 1962 com o objetivo de desenvolver ações de apoio à Cinemateca Brasileira.
A SAC deverá receber 14 milhões de reais por ano do governo federal e entre suas atribuições estarão a guarda, preservação, documentação e difusão do acervo audiovisual da produção nacional por meio da gestão, operação e manutenção da Cinemateca Brasileira. A instituição estava sem administração desde 31 de dezembro de 2019, quando o contrato com a OS Associação Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) não havia sido renovado pelo ex-ministro da educação, Abraham Weintraub.
Em julho deste ano, o galpão da Cinemateca na Vila Leopoldina, em São Paulo, sofreu um incêndio que destruiu parte do acervo de Glauber Rocha e equipamentos antigos. Somente após o incêndio é que o governo publicou o chamamento público para a escolha da entidade que vai administrar a Cinemateca.
Desde o ano passado, especialistas já alertavam para o risco iminente de incêndio – tanto na sede principal, na Vila Clementino, quanto no galpão localizado na Vila Leopoldina. Em fevereiro de 2020, um alagamento danificou mais de 113 000 cópias de DVDs do acervo, devido à má conservação do local.