Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

As novas (velhas) referências de ‘Stranger Things 2’

Trama inspirada em produções dos anos 1980 se aprofunda em elementos da década e abraça outros

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h34 - Publicado em 31 out 2017, 15h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • *O texto abaixo contém spoilers dos oito primeiros episódios da segunda temporada de Stranger Things.

    Um ano se passou entre a primeira e a segunda temporadas de Stranger Things. Na série da Netflix, no entanto, o avanço de um ano em nada mudou a vida na fictícia cidade de Hawkings, no interior dos Estados Unidos, que segue exibindo elementos típicos de 1984, desde o sucesso das lojas de fliperama até o momento político que o país vivia. Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin) e Will (Noah Schnapp) tentam seguir a vida após os acontecimentos no Mundo Invertido, enquanto Eleven (Millie Bobby Brown) encara uma séria jornada de amadurecimento.

    O seriado continua a esbanjar referências de cultura pop e da sociedade da época. O cigarro, por exemplo, personagem hoje banido das produções da TV e do cinema, marca presença na série. E as já comentadas inspirações da primeira fase, como os filmes Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), Alien, o Oitavo Passageiro (1979), E.T. – O Extraterrestre (1982), Poltergeist (1982) e Conta Comigo (1986), continuam como alicerces da trama e de sua estética. Agora, com o reforço de Caça-Fantasmas e O Exterminador do Futuro, dois lançamentos de 1984.

    Confira abaixo as novas referências abraçadas pela série:

     

    Arcade

    e1add06c-0f81-4cfd-a9be-f57e6999c0d4-giphy

    Enquanto na primeira temporada a brincadeira que guia a trama do quarteto pré-adolescente é o jogo de RPG Dungeons & Dragons, agora os jovens se reúnem em torno de jogos de Arcade, a velha loja de fliperamas, como é conhecida no Brasil. O primeiro episódio, batizado de Mad Max – outra referência da época, a trilogia estrelada por Mel Gibson —, mostra Mike, Dustin, Lucas e Will em torno de jogos eletrônicos, entre eles Dragon’s Lair e Dig Dug. No primeiro game, cada movimento do cavaleiro, protagonista do jogo, conduz a um caminho surpresa, que pode dar continuidade à trama ou levá-lo à morte. Em uma parte, ele entra em túneis subterrâneos do castelo, com bifurcações. Dig Dug tem uma premissa mais simples, mas correlata: matar monstros enquanto cava buracos na terra. O jogo até batizou o quinto episódio, quando o policial Jim Hopper (David Harbour) se aventura no mundo subterrâneo de Hawkings.

    Continua após a publicidade

     

    Reagan onipresente 

    reagan
    Ronald Reagan, presença constante em ‘Stranger Things 2’ (//Reprodução)

    Em 1984, os Estados Unidos observavam uma das disputas presidenciais mais marcante de sua história. O então presidente republicano Ronald Reagan tentava a reeleição contra o ex-vice-presidente democrata Walter Mondale. Com a moral lá em cima graças à estabilidade econômica, Reagan ganhou de lavada em 49 dos 50 Estados americanos – feito que até então só Richard Nixon havia conseguido, em 1972. A popularidade de Reagan é vista em Stranger Things nas muitas placas de apoio fincadas nos quintais da maioria das casas dos personagens. Só a família de Dustin exibe um cartaz de Mondale. Outro elemento político constante nas falas dos personagens é o velho medo da União Soviética e a tal ameaça comunista. Eleven é tratada por um repórter amalucado como “a garota russa”. E é com o mesmo ponto de vista que o laboratório que abriga o portal para o Mundo Invertido reforça a importância de que tudo fique em segredo. Afinal, pensam, vai que o grande inimigo dos EUA descobre algo parecido e usa como arma?

     

    Os pais dos nerds

    Paul Reiser
    Paul Reiser, de ‘Aliens’ a ‘Stranger Things’ (Foto/Divulgação)

    Dois novos personagens da série são velhos conhecidos do público nerd e da década de 1980. Paul Reiser, que interpreta Dr. Owen, o psiquiatra de Will – e chefe da nova versão do laboratório do governo instalado em Hawkings –, deu vida a Carter Burke, ambicioso executivo da companhia tecnológica de Aliens – O Resgate (1986). O filme é uma das grandes inspirações de Stranger Things, especialmente na segunda temporada. Outro ícone geek do elenco é Sean Astin, agora Bob, namorado de Joyce (Wynona Ryder). Astin fez sucesso como o hobbit Sam, amigo de Frodo (Elijah Wood) na saga O Senhor dos Anéis. Mas sua conexão com o universo do seriado remete a 1985, quando ele interpretou Mikey no clássico Os Goonies, outra referência dos criadores de Stranger Things. Em uma das cenas, Bob desvenda o mapa desenhado por Will, algo parecido com o momento em que ele explica aos colegas de Goonies os significados de um misterioso mapa de piratas. Na série da Netflix, ele até sugere que a “brincadeira” proposta por Will seja um “mapa do tesouro pirata”.

    Continua após a publicidade
    bob
    Sean Astin, Bob em ‘Stranger Things’ (//Reprodução)

    Fofinho, só que não (mesmo)

    gremlins-3
    Gremlin (//Reprodução)

    Dustin irritou os fãs de Stranger Things ao adotar um estranho e quase fofo réptil desconhecido. Ao descobrir que o pet é do Mundo Invertido, em vez de dar fim ao ser misterioso, ele o esconde, o alimenta com doces no conforto do seu lar e o batiza de Dart. O bichinho, contudo, cresce para ser um novo Demogorgon. Dustin não é o primeiro a ser enganado por um animal de outro mundo. Uma velha inspiração de Stranger Things é o filme Gremlins (1984). Na trama, seres fofos e peludos são adoráveis, contanto que três regras sejam mantidas: eles não podem entrar em contato com água, devem ficar longe de luz forte e nunca devem ser alimentados depois da meia-noite. Se uma delas for quebrada, eles se transformam em seres nojentos e perigosos. Dart também não gosta de luzes e de calor, e come constantemente com a ajuda do dono.

     

    Eleven punk -rock

    rock
    Novo núcleo roqueiro de ‘Stranger Things’ (//Reprodução)
    Continua após a publicidade

    O sétimo episódio da segunda temporada, A Irmã Perdida, é o mais diferentão de todo o seriado. Nele, Eleven pega um ônibus até Chicago em busca da garota com quem dividiu espaço no laboratório enquanto mantida como experimento cientifico. Ela então encontra Kali (Linnea Berthelsen), a número 8, que tem a capacidade de fazer pessoas enxergarem ou não o que ela deseja. Líder de um grupo de desajustados, Kali tenta treinar Eleven para que seus poderes sejam usados em um plano de vingança. O capítulo sai da estética interiorana dos filmes de terror e sci fy dos anos 1980 para abraçar o cenário rebelde da década anterior. A trupe de Kali mistura figurinos do punk e do glam rock, enquanto a trilha sonora reforça o clima com faixas de Bon Jovi, Fad Gadget, The Runaways e Icicle Works.

     

    X-Men

    .
    Eleven em crise em ‘Stranger Things’ (//Reprodução)

    O episódio A Irmã Perdida é também uma forte referência aos heróis de X-Men e à clássica trama A Saga da Fênix Negra, em que a personagem Jean Grey lida com a potência de seus poderes psicocinéticos e com as tentações, por assim dizer, do lado obscuro da força. Na primeira temporada de Stranger Things, a história em quadrinhos é citada quando os meninos falam do gibi X-Men #134, de 1980 — parte da saga mencionada. É também nessa série das HQs que os X-Men reforçam que seus poderes não são uma maldição, mas sim um dom a ser abraçado. Lição aprendida por Eleven. Vale lembrar que a próxima adaptação da franquia X-Men nos cinemas tratará justamente da jornada da Fênix Negra, longa previsto para novembro de 2018.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.