As revelações de Deborah Secco: Traí, sim, e daí?
A atriz, que levantou a bandeira do direito à infidelidade feminina, fala das relações abusivas que manteve com ex-namorados
Intérprete de mulheres sensuais e arrebatadoras em novelas e protagonista de amores incendiários na vida real, a atriz Deborah Secco, de 37 anos, passou boa parte da existência no olho do furacão. Aí, teve a filha Maria Flor, hoje com quase 2 anos, e engatou uma rotina mais pacata — até sacudir recentemente a internet com a informação de que traiu todos os homens com quem se relacionou (menos, é claro, o atual, Hugo Moura, aspirante a ator e pai de Maria Flor). Deborah ficou chocada com a fuzilaria de críticas, principalmente aquelas vindas de mulheres — a maioria, por sinal. Em VEJA desta semana, Deborah diz que o amadurecimento a liberou a “falar de tudo”. Abaixo, trechos da entrevista.
Confirmando: a senhora traiu mesmo todos os ex-namorados? Traí todos. E fui traída por quase todos.
Acha isso o.k.? Não me orgulho, mas não vou mentir. Não tenho necessidade de ser vista pelos homens como gostosinha, bonitinha e boazinha. Se algum quiser ficar com outra para não ser traído, que seja feliz. Comigo é vida real. É terrível ver mulheres que só são fiéis porque acham que é o certo. Isso é muito retrógrado. Quem quiser trair, que traia.
Como foi a reação à sua confissão? O que mais me chocou foi ver que as maiores críticas vieram de mulheres. É inadmissível que em 2017, com o enorme movimento pela liberação feminina, 90% das que comentaram o fizeram para se pronunciar contra mim. É muito triste que as mulheres não se defendam, não lutem pela liberdade mínima de aceitar que a gente pode, sim, trair o homem. Como os homens traem a gente.
A senhora publica muitas fotos da sua filha nas redes sociais. Não é exposição demais? Sempre tive certeza de que não conseguiria evitar a exposição dela. Não tenho o dinheiro da Sandy, não ando cheia de seguranças e não moro em Campinas. Então quis evitar que, cada vez que ela aparecesse, isso causasse uma comoção. Acho que, ao divulgar a imagem da Maria, ela vai ficando mais comum e não desperta tanta curiosidade.
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