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Atriz coreana vencedora do Oscar ganhou fama como ‘femme fatale’ no cinema

Atriz de 73 anos, Yuh-Jung Youn, de 'Minari', soma mais de 80 papéis em televisão e é um rosto muito conhecido da Coreia do Sul

Por Tamara Nassif Atualizado em 26 abr 2021, 00h13 - Publicado em 26 abr 2021, 00h02

A atriz sul-coreana Yuh-Jung Youn, de 73 anos, é a grande vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel em Minari – Em Busca da FelicidadeCom direito até à um “flerte” com Brad Pritt, trouxe pitadas de humor, classe e vanguardismo à cerimônia: se trata da primeira atriz da Coreia a vencer um Oscar, e a segunda mulher asiática a levar na categoria (ela segue Miyoshi Umeki, em Sayonara, de 1957).

Na pele de Soonja, a curiosa avó que se muda para os Estados Unidos para cuidar dos netos, Yun-Jung protagoniza os momentos mais divertidos do longa. A atriz é uma das mais conhecidas na Coreia do Sul, com um currículo farto que soma mais de 80 papéis em televisão. Sua predileção no começo da carreira é curiosa para quem a conheceu agora, como a fofa e desbocada Soonja: Yun-Jung vivia femme fatales com louvor. Exemplo disso é sua estreia no cinema Woman of Fire (1971), dirigido Kim Ki-young, que lhe rendeu seu primeiro prêmio como melhor atriz no Festival Sitges.

A atriz Yuh-Jung Youn na capa do filme sul-coreano 'Woman of Fire', de 1971
A atriz Yuh-Jung Youn na capa do filme sul-coreano ‘Woman of Fire’, de 1971 (//Reprodução)

Sua história pessoal até se assemelha com a retratada em Minari: ao casar no auge de sua carreira com o ator e astro de TV Jo Young-nam, se mudou para a Flórida, nos Estados Unidos. Lá, teve de por uma pausa na atuação para cuidar de dois filhos, até se divorciar e voltar para a Coreia. Em entrevista  ao jornal The New York Times, conta que teve um retorno complicado: “Os telespectadores ligavam para as emissoras de televisão e diziam: ‘Ela é divorciada. Não deveria aparecer na tela’. Agora me idolatram. É estranho, mas humano. Valeu a pena, embora eu tenha considerado desistir e voltar para os Estados Unidos. Hoje, finalmente, sinto-me bem interpretando.” A necessidade de cuidar dos dois filhos justifica a vasta quantidade de papéis em seu currículo: ela topava tudo, qualquer personagem menor já bastava. Quando foram para a faculdade, ela começou a escolher no que trabalhar, e, com 60, prometeu a si mesma só se comprometer com o que lhe agradasse. Foi assim que se tornou figurinha carimbada em grandes festivais de cinema – e venceu o Oscar.

“Eu não acredito em competição. Como posso ter vencido de Glenn Close?”, disse, bem-humorada, em seu discurso. “Hoje tenho só um pouquinho de sorte, acho, talvez eu seja mais sortuda que você. Ou talvez seja a hospitalidade americana para uma atriz coreana. Não tenho certeza. Mas, de qualquer forma, muito obrigada.” Nós é que agradecemos, Yuh-Jung Youn.

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