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Atrizes são indiciadas por esquema que facilitava entrada em universidades

Felicity Huffman e Lori Loughlin são acusadas de terem pagado para que suas filhas tivessem ingresso facilitado em renomadas faculdades americanas

Por Redação
Atualizado em 12 mar 2019, 16h02 - Publicado em 12 mar 2019, 16h01

As atrizes Felicity Huffman (das séries Desperate Housewives e American Crime) e Lori Loughlin (da série Três É Demais) foram indiciadas por participação em um esquema que envolvia pagamento de propina para facilitar a admissão de suas filhas em universidades de elite dos Estados Unidos. Promotores federais americanos responsáveis pela investigação afirmaram nesta terça-feira, 13, que cinquenta pessoas foram acusadas formalmente no caso, entre pais de alunos, técnicos esportivos de faculdades e executivos de um curso preparatório para entrada na universidade.

O esquema funcionava de duas maneiras, de acordo com os promotores: na primeira, pais pagavam uma empresa, que oferecia um curso preparatório, para que ela recrutasse pessoas para fazerem as provas admissionais no lugar dos alunos, ou para que corrigissem suas respostas; na segunda, a mesma organização subornava técnicos esportivos de universidades para que eles ajudassem os estudantes a ingressar nas faculdades como atletas, mesmo que eles não praticassem qualquer esporte.

Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, que obteve os documentos da investigação, o esquema ajudou estudantes a ingressarem em Yale, Stanford e Universidade do Sul da Califórnia. As universidades, porém, não estão sob investigação, apenas alguns dos técnicos que trabalhavam para elas.

Lori Loughlin e seu marido, Mossimo Giannulli, são acusados de terem pago 500.000 dólares para que suas duas filhas fossem aceitas na Universidade do Sul da Califórnia como parte da equipe de remo da universidade – a dupla, no entanto, nunca praticou o esporte.

Ainda segundo a acusação, a atriz Felicity Huffman e seu marido, William H. Macy, pagaram 15.000 dólares a um homem, cuja identidade não foi revelada, para que este pudesse aumentar a nota de sua filha mais velha durante a correção do vestibular. O FBI apontou ainda que o casal planejava fazer o mesmo com a filha mais nova.

O esquema de fraude era comandado por William Rick Singer, fundador de um curso preparatório para vestibulares na Califórnia. Singer foi indiciado por extorsão, conspiração, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça e deve se declarar culpado ainda nesta terça-feira, segundo o Departamento de Justiça americano. Até o momento, 46 pessoas foram presas na operação.

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